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Roberto Cláudio diz que saída de dissidentes do PDT 'dá mais coesão' para pré-candidatura de Sarto

Pedetista disse que tentativa de reeleição do atual mandatário é um consenso entre instâncias do partido

Escrito por Bruno Leite , bruno.leite@svm.com.br
Roberto Cláudio e Sarto
Legenda: Presidente municipal do PDT, Roberto Cláudio referendou pré-candidatura de Sarto.
Foto: Thiago Gadelha

A candidatura do prefeito de Fortaleza, José Sarto, à reeleição é uma unanimidade entre todos os diretórios do Partido Democrático Trabalhista (PDT) envolvidos no processo. Isso é o que afirmou o presidente municipal do partido e ex-mandatário da Capital cearense, Roberto Cláudio, nesta sexta-feira (12), em entrevista ao Diário do Nordeste. Nas palavras do líder, a saída de nomes ligados ao senador Cid Gomes deram ainda mais coesão ao grupo no fortalecimento do atual gestor como o representante da legenda no pleito deste ano.

"Há um consenso no diretório municipal, há um consenso no diretório nacional do partido e agora do novo diretório nacional da pré-candidatura da reeleição do prefeito Sarto. Isso é um entendimento comum a todos nós porque é uma gestão que, primeiro, tem dado muitos resultados para a população, temos muitas coisas a celebrar", defendeu o dirigente partidário, mencionando dados econômicos que, na visão dele, dão legitimidade para a escolha do correligionário como o postulante. 

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Para Roberto Cláudio, ter o prefeito como o nome da agremiação é algo inerente ao projeto pensado pelo seu agrupamento. "Então, tudo isso dá condição natural para a pré-candidatura à reeleição do prefeito Sarto. Havia um grupo dissidente dentro do PDT, que agora está batendo em retirada, pelo menos parte desse grupo, anunciou saída do partido, então isso dá ainda mais coesão e unidade para esse sentimento", continuou logo em seguida, se referindo aos ex-companheiros cidistas. 

À reportagem, ele comentou ainda sobre a construção de alianças e a cooptação de reforços para a bancada pedetista, que quer se manter como a maior da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) e ampliar o quadro para 15 parlamentares. "Vários nomes estão conversando conosco, são já da base do prefeito Sarto, a gente tem uma comissão presidida pelo presidente Gardel (Rolim) exatamente para que essas pessoas sejam bem acolhidas e aceitas, porque já estão no partido. A gente está nesse diálogo de construção. Vem novidades muito em breve, de nomes de vereadores de mandato, alguns suplentes de vereadores e nossa ideia é eleger representantes de setores, de causas", comentou.

Aliança do grupo

A ampliação do arco de alianças também integra a estratégia adotada pelo PDT para a disputa eleitoral que se aproxima. Ao que revelou a liderança trabalhista durante a entrevista, a instância nacional tem se envolvido nesta etapa. O ministro da Previdência e presidente nacional licenciado da sigla, Carlos Lupi, tem sido o responsável por essa atribuição. 

"O Lupi está super antenado, está trabalhando nesse sentido, que é do equilíbrio. Em várias capitais o PDT está abrindo mão e apoiando alguns partidos, então o Lupi está com muita habilidade trabalhando essa dimensão de uma estratégia nacional. Ele disse hoje que a grande prioridade na eleição de 2024 é Fortaleza. Isso dá ao PDT uma possibilidade de buscar aliança com outros partidos. Tenho também conversado com outros partidos aqui", detalhou.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB), destino de Cid e seus aliados, era uma das agremiações com tratativas em curso com a cúpula nacional. Localmente, os socialistas fazem parte do governado Elmano de Freitas (PT), que antagoniza com o grupo que comanda a Prefeitura Municipal de Fortaleza. Questionado sobre a possibilidade de uma aliança ser formalizada, o ex-prefeito foi categórico: "Temos uma esperança".

A posição, no entanto, não foi a mesma quando indagado sobre o retorno do Partido Social Democrático (PSD). "O Domingos Filho já disse que o PSD está na base estadual, inclusive já anunciou apoio à candidatura do PT aqui, mas a gente tem mantido essas conversas. Converso com todo mundo para deixar as portas abertas e avaliar o que, ao final, será possível em termos de aliança", falou. 

Apesar da permanência de figuras do PSD no governo, gerindo regionais, e de vereadores que apoiam a administração municipal, ele sustentou que a saída foi anunciada formalmente e que agora eles integram o campo liderado pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

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