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Relator da LDO de 2024, Danilo Forte afirma que meta de déficit fiscal pode ser revista

O deputado Danilo Forte (União-CE) declarou que pode revisar a meta caso seja consenso entre as lideranças

Escrito por Redação ,
deputado cearense Danilo Forte
Legenda: O deputado cearense Danilo Forte é relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024
Foto: Fabiane de Paula

Nesta terça-feira (31), o deputado federal Danilo Forte (União-CE), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, declarou que pode rever a meta de déficit fiscal, após Lula afirmar que dificilmente o orçamento será alcançado.

Através do X (antigo Twitter), o deputado afirmou que está disposto a fazer uma revisão caso seja consenso entre as lideranças. "A prioridade agora é dar início à discussão formal da LDO com a votação do relatório preliminar. Não podemos correr o risco de iniciar 2024 sem orçamento. Seria o pior dos mundos", escreveu.

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A Lei de Diretrizes Orçamentárias define as regras para a elaboração do orçamento do ano seguinte. O texto deve buscar o equilíbrio entre receitas e despesas. Em abril, o governo havia enviado o projeto ao Congresso, determinando o déficit zero, que ocorre quando as despesas se equiparam às receitas.

No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acredita que o governo não irá alcançar a meta. A declaração foi feita no dia 27 em um café da manhã com jornalistas. Desde então há especulações se o governo irá ou não alterar o orçamento.

"Constrangimento"

Forte chegou a declarar na semana passada que a fala de Lula cria "constrangimento" para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na segunda (30), Haddad afirmou que não há "nenhum descompromisso" do presidente Lula em atingir o equilíbrio fiscal do país e reforçou que o governo continuará buscando a meta de déficit zero.

Ainda em setembro, Danilo Forte já havia se mostrado cético em relação à intenção apresentada por Haddad. O parlamentar cearense havia previsto que as quedas frequentes de arrecadação e as pressões por aumento de gastos do governo deveriam inviabilizar a meta de déficit zero.

 

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