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Presidente da Câmara de Fortaleza volta a defender escolha de Roberto Cláudio em disputa do PDT

Nova declaração de Antônio Henrique acontece em véspera de reunião do diretório regional do partido

Escrito por Alessandra Castro , alessandra.castro@svm.com.br
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Legenda: Antônio Henrique é um dos membros da cúpula pedetista e deve participar do encontro

Em dia decisivo para o grupo governista, o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Antônio Henrique (PDT), reiterou seu apoio ao nome do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) para ser o pré-candidato oficial do partido ao Governo do Estado.

Nesta segunda-feira (18), o Diretório estadual do PDT e a Executiva do partido estão reunidos na sede da agremiação, em Fortaleza, para bater o martelo sobre qual dos pré-candidatos deve ser homologado na convenção partidária, marcada para ocorrer no dia 24 deste mês. O encontro foi agendado diante da polarização entre as pré-candidaturas de Roberto Cláudio e da governadora Izolda Cela, que tem se acirrado nos últimos dias.

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Antônio Henrique é um dos membros da cúpula pedetista e deve participar do encontro marcado para 17h. Caso não haja consenso sobre o nome que deve representar o grupo na disputa pelo Palácio da Abolição, os 84 integrantes do Diretório irão decidir em voto interno.

Antônio Henrique
Legenda: Antônio Henrique fez publicação para defender apoio
Foto: Reprodução

"Temos excelentes nomes para representar o projeto político que trouxe inúmeros avanços para os cearenses nos últimos anos e respeito todos eles. No entanto, defendo a unidade em torno do nome do ex-prefeito Roberto Cláudio, tendo em vista as importantes conquistas e a experiência que ele acumulou à frente da Prefeitura de Fortaleza. Sem dúvidas, ele é a alternativa mais capacitada que temos para proteger o Ceará e permitir que nosso Estado continue avançando", afirmou.

Recuos

Ainda nesta tarde, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão (PDT), retirou sua pré-candidatura para apoiar a da governadora Izolda Cela. Ele é uma das lideranças que defendem o direito de a mandatária disputar a reeleição.

"Anuncio agora a retirada de minha pré-candidatura ao Governo do Estado para me somar a um projeto em que acredito, um projeto em que defendo Izolda Cela governadora por mais quatro anos para avançar nas profundas transformações pelas quais passamos", disse Evandro.

Além de Izolda e Roberto, o deputado federal Mauro Filho também era pré-candidato do PDT. Todavia, após o anúncio de Evandro, foi a vez de Mauro anuncia que também retirou a pretensão pela disputa.

"Informo ao povo cearense que retiro meu nome entre os pré-candidatos ao Governo do Ceará pelo PDT, na busca de um acordo que ainda possa ser alcançado entre os pré-candidatos para que o nosso estado continue no caminho certo", declarou.

Preferências distintas

Ao chegar na sede do diretório estadual do PDT, o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, reforçou o apoio a Roberto. Na ocasião, ele disse que a decisão será construída em "uma conversa entre amigos". Lupi, por sua vez, não vota no Ceará.

"É uma pessoa que eu acho que tem qualidades, mas não quer dizer que a Izolda também não tenha. Mas é uma opção minha, cada um de nós tem direito a ter sua opção", disse Lupi.

Na ocasião, o deputado federal Idilvan Alencar (PDT), um dos primeiros ao chegar ao local, defendeu abertamente seu apoio à reeleição de Izolda. Para ele, a declaração do prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PDT), à coluna de Inácio Aguiar, nesta segunda, corrobora sua decisão. O irmão mais novo do clã Ferreira Gomes respaldou o nome de Izolda na disputa e disse que seu irmão Cid Gomes pensava da mesma forma.

"Na última reunião se falava muito 'queremos a opinião do Cid'. E está aí a opinião: Izolda, mulher, governadora, que está na cadeira. Isso muda completamente o contexto. Estamos confiantes na inteligência das pessoas e manutenção da aliança", frisou Idilvan Alencar.

Já o vereador Didi Mangueira, que também faz parte da Executiva da agremiação estadual, disse que "sem dúvidas" seu voto será no Roberto.

Apesar dos correligionários que chegam à sede do PDT defenderem a tese de decisão unificada, a maioria admite que a definição deve sair no voto.

Com informações dos repórteres Igor Cavalcante e Luana Barros

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