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Lula na Globo: relembre a última entrevista do ex-presidente no Jornal Nacional

Após 16 anos, petista volta a ser sabatinado no telejornal

Escrito por Redação ,
Lula em entrevista à William Bonner
Legenda: Neste século, antigo gestor esteve presente no jornal em duas ocasiões como candidato
Foto: reprodução/TV Globo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o terceiro candidato ao Palácio do Planalto a ser entrevistado pela sabatina do Jornal Nacional em 2022. O político encontra, nesta quinta-feira (25), os jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos. 

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Essa não é a primeira vez que o petista senta na bancada do telejornal como candidato. Em 2002 e 2006, ele participou da tradicional rodada de perguntas aos presidenciáveis do programa — na época, apresentado por William Bonner e Fátima Bernardes

Neste ano, as entrevistas têm duração de 40 minutos, mas, quando participou da última sabatina, na década de 2000, o candidato teve cerca de 11 minutos e 40 segundos para responder aos questionamentos dos jornalistas — conforme as regras da emissora no período. 

Relembre a última entrevista de Lula ao Jornal Nacional 

Em 2006, o petista era presidente da República e tentava a reeleição. Ele venceu o pleito, sendo reconduzido ao cargo para mais quatro anos de mandato. 

Na ocasião, a sabatina do telejornal aconteceu na residência oficial da Presidência, o Palácio do Planalto, em BrasíliaAtualmente, as regras da atração mudaram e as entrevistas são realizadas nos estúdios Globo, no Rio de Janeiro.  

Escândalo do mensalão

Na entrevista, Bonner inciou falando sobre a denúncia do Ministério Público contra um grupo que tinha o objetivo de "desviar recursos de órgãos públicos e de estatais para pagar dívidas antigas do PT e novas despesas, tanto da campanha quanto de partidos aliados, e garantir que o partido continuasse no poder comprando apoio de outros partidos, em referência ao mensalão".

Lula respondeu que durante o seu governo a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) atuavam "de forma excepcional" para investigar denúncias. 

"Lamento profundamente que companheiros tenham feito coisas que ainda serão julgadas. Mas nós facilitamos para que tudo seja investigado. Afastamos todas as pessoas que estavam na alçada do presidente da República, facilitamos os trabalhos da CPI", declarou. 

Denúncias

O ex-presidente disse que não tinha conhecimento dos casos de irregularidades na gestão dele. 

“Como pode alguém querer que o presidente da República, embora tenha que assumir responsabilidades por todos os atos, saiba de tudo que está acontecendo?”, questionou.

"Nunca tanta gente foi presa nesse país, e de crimes que aconteceram em 85, 80, 90. Foram quadrilhas históricas que estavam debaixo do tapete e nós resolvemos colocar os órgãos públicos para funcionar. [...] Nós não queremos esconder absolutamente nada", afirmou.

Punição

Bonner questionou o que fez Lula mudar de ideia sobre punições rígidas. Segundo o jornalista, entes de se tornar presidente, o petista “veementemente cobrava punição [como o afastamento do cargo] para quem fosse suspeito de algo, mesmo que as culpas não tivessem sido provadas ainda”.

O candidato negou a declaração e disse que nunca pediu para qualquer indivíduo ser condenado antes que a culpa fosse comprovada. 

"Todos que estavam dentro do governo federal foram afastados, sem distinção, e vou continuar afastando. Agora, punir significa respeitar o estado de direito. Eu quero para todo mundo o que eu quero para mim: o direito de provar que sou inocente, e o meu acusador provar que eu sou o culpado", argumentou. 

"O governo não acusa. O governo age, afasta e abre sindicância, e os órgãos do Poder Judiciário e da Polícia Federal que vão investigar. E essa é a única forma de continuarmos combatendo a corrupção e a malversação do patrimônio público do país", completou. 

Combate ao tráfico de drogas

Na ocasião, o então presidente também foi questionado sobre quais medidas de segurança pública já havia executado para combater o tráfico de drogas. 

"A Polícia Federal está prendendo quadrilhas vinculadas ao narcotráfico como jamais foi feito nesse país. Estamos investindo de forma excepcional na inteligência da Polícia Federal e para criar condições de trabalho", respondeu o petista.

Reeleição

Na sabatina, Lula declarou que, caso reeleito, daria sequência ao que já havia feito. "O Brasil vive o seu melhor momento econômico. As únicas coisas que caem é a inflação e os juros."

Sabatina Jornal Nacional 2022

O Jornal Nacional iniciou na segunda-feira (22) a série de entrevista com presidenciável com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Na terça-feira (23), foi a vez de Ciro Gomes (PDT). 

Ao todo, o telejornal conversará com os quatro candidatos com melhor desempenho na pesquisa de pretensão de voto divulgada pelo Datafolha em 28 de julho. São eles: Lula, Bolsonaro, Ciro, Tebet. André Janones (Avante) seria o quinto, mas ele retirou depois a candidatura. 

Sexta-feira (26) a entrevista é com Simone Tebet. O sorteio que definiu as datas e a ordem das entrevistas foi realizado em 1º de agosto com representantes dos partidos.

 

 

 

 

 

 

 

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