Legislativo Judiciário Executivo

Investigado por tentativa de feminicídio, Ronivaldo Maia volta à Câmara Municipal nesta quinta (28)

O retorno ocorre um dia após o fim do prazo para apresentação de recurso contra o arquivamento do pedido de cassação contra ele

Escrito por Luana Barros , luana.barros@svm.com.br
Ronivaldo Maia
Legenda: O vereador Ronivaldo Maia está afastado da Câmara Municipal de Fortaleza desde dezembro do ano passado
Foto: CMFor

Investigado por tentativa de feminicídio, o vereador Ronivaldo Maia (PT) irá retornar à Câmara Municipal de Fortaleza na sessão desta quinta-feira (28). O parlamentar ficou de licença durante quatro meses após ser preso, em flagrante, em novembro de 2021, após atropelar uma mulher de 36 anos com quem supostamente teria um relacionamento afetivo.

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Oficialmente, o retorno de Ronivaldo ao legislativo municipal ocorreu no início de abril, mas ele não compareceu presencialmente na Casa. O vereador apresentou atestados referentes a tratamento contra diabetes para justificar a ausência. 

Na sessão em que retorna aos trabalhos parlamentares, Ronivaldo Maia deve ainda realizar pronunciamento - o primeiro desde o início das investigações -, segundo a assessoria do parlamentar.

Pedido de cassação

Detido em flagrante no dia 29 de novembro do ano passado, o vereador Ronivaldo Maia continuou preso por dois meses. A Justiça concedeu habeas corpus ao parlamentar em fevereiro deste ano. Em libertada, ele continua a cumprir as medidas cautelares determinadas pela Justiça, como o monitoramento por tornozeleira eletrônica e o recolhimento domiciliar noturno.

Por conta das investigações enfrentadas por Ronivaldo, a bancada do Psol entrou com pedido de cassação contra o parlamentar na Câmara Municipal. Contudo, o processo foi arquivado pelo Conselho de Ética da Casa - com apenas um voto contrário

O prazo para recurso contra a decisão do colegiado encerra na sessão desta quarta-feira (27), mas só foram coletadas quatro das nove assinaturas necessárias para levar o caso ao plenário da Câmara. 

Após o arquivamento pelo Conselho de Ética, Ronivaldo afirmou "reconhecer e aceitar" a decisão e ressaltou que "não abusou de prerrogativas asseguradas como vereador nem se valeu do mandato para praticar qualquer conduta em nome do Poder Legislativo Municipal para buscar vantagens ilícitas ou imorais".

Com informações do repórter Felipe Azevedo.

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