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Candidatos priorizam segurança pública e reforçam ataques a padrinhos políticos em debate

Às vésperas do primeiro turno, postulantes ao governo local concentram-se em temas importantes para as suas campanhas

Escrito por Ingrid Campos ,
Legenda: Elmano de Freitas, Capitão Wagner e Roberto Cláudio debateram os problemas do Ceará
Foto: Kid Jr

Ocorreu, na noite desta segunda-feira (26), mais um debate entre os candidatos mais competitivos ao governo cearense. O embate, promovido pela TV Cidade, ocorre no início da última semana de campanha, quando os postulantes afunilam as estratégias para garantir o voto do eleitor e se garantirem no segundo turno.

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Elmano de Freitas (PT), Capitão Wagner (União) e Roberto Cláudio (PDT), os três primeiros colocados na pesquisa Ipec Ceará, divulgada na quinta-feira (22), concentraram-se em temas como segurança pública e criticaram apadrinhamento político nas eleições deste ano.

Roberto comentou suas propostas de levar o Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) da Polícia Militar para todos os municípios cearenses, de interiorizar a Polícia Civil e de fortalecer o combate regional ao crime organizado. “Se você combate a facção em Fortaleza, ela migra para a Caucaia e de lá para Itapipoca. Não dá para combater o crime organizado com uma delegacia”, disse o candidato pedetista.

Já Wagner citou o exemplo da Paraíba para atacar a gestão estadual, citando o sistema de videomonitoramento. “Só no São João de Campina Grande 25 indivíduos que tinham um mandado de prisão em aberto foram presos. A Paraíba hoje é o estado mais tranquilo do Nordeste. Esse discurso que é difícil resolver o problema da segurança é de quem já tentou 16 anos e não conseguiu”, afirmou.

Elmano também afirmou que pretende ampliar a área de atuação do CPRaio para todo o Estado, além de fortalecer um Centro Integrado de Segurança Pública, aumentar o efetivo da Polícia Civil e usar a inteligência integrada. “Nós não vamos precisar comprar de empresas privadas porque temos um programa com jovens nossos, com cientistas-chefes em articulação com universidades que já desenvolveram o reconhecimento facial para o nosso videomonitoramento”, disse o petista.

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Padrinhos políticos

Novamente, candidatos discutiram sobre a questão dos apoios de lideranças políticas no pleito deste ano. A adesão de “padrinhos políticos” tem sido tema recorrente desde o início da campanha.

Roberto Cláudio citou a época em que Elmano foi secretário de educação na gestão Luizianne Lins (PT) à frente da Prefeitura, quando, segundo o candidato, o petista “entregou a segunda pior educação” do Estado. “Os padrinhos vão embora, e no dia 1º (de janeiro) vai ter que governar sozinho. Então o que é três vezes mais forte pode ficar três vezes mais fraco”, alfinetou o pedetista.

Elmano, por sua vez, voltou a afirmar que Lula (PT) e Camilo Santana (PT), não são padrinhos políticos, e sim irmãos de projetos dos quais tem muito orgulho. “Eles não vão embora, não, que se Deus quiser o Lula vai ser presidente e o Camilo senador”, rebateu o postulante, reforçando a integração entre os três. 

Já Wagner uniu-se a Roberto Cláudio nas críticas a Elmano. “O que o Elmano tá querendo dizer é que se o presidente dele for eleito e ele não, vai desprezar 9 milhões de cearenses. Essa afirmação não pode preponderar”, afirmou o candidato do União Brasil.

Elmano também questionou os adversários sobre o tema. A Capitão Wagner, perguntou: “Em um evento político, o senhor disse que o presidente Bolsonaro é um estadista, que é uma pessoa com grande capacidade de liderar seu povo e de unificar para o bem comum. O que o senhor entende que o Bolsonaro é um presidente estadista para a nação?".

Wagner respondeu, então, que o debate estava fugindo da questão estadual “por falta de argumentos do adversário”. “Ficar nesse debate nacional é fugir do que de fato importa”, completou.

Alfinetando o ex-prefeito de Fortaleza, Elmano citou a falta de apoio ao pedetista na campanha eleitoral. O petista lembrou que Cid Gomes (PDT) não anunciou apoio ao correligionário.

"Você era deputado e foi ser prefeito em 2012, com o padrinho Cid Gomes que, com estranheza, hoje não declarou apoio ao seu nome. Então tenha calma", disse o candidato do PT ao lembrar que a governadora Izolda anunciou apoio a ele nesta segunda-feira (26).

Reta final da campanha

Na última semana de campanha, os candidatos cumprem suas agendas de rua e comparecem a mais um debate, desta vez na TV Verdes Mares. Na terça-feira (27), Capitão Wagner (União), Elmano de Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PDT) discutem suas propostas em encontro mediado pela jornalista Taís Lopes, ao vivo, que vai ao ar após a novela "Pantanal".

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