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Carmelo Neto deve assumir comando do PL Ceará; mudança deve ser formalizada ainda nesta quarta (22)

A substituição ocorre após o prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves, renunciar ao comando da agremiação

Escrito por Alessandra Castro , alessandra.castro@svm.com.br
Carmelo Neto
Legenda: A indicação de Carmelo à presidência do PL deve acalmar os ânimos entre filiados bolsonaristas no partido
Foto: Divulgação/Alece

O deputado estadual Carmelo Neto (PL) deve assumir a presidência do PL Ceará. A substituição no comando da sigla ocorre após o prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves (PL), renunciar ao comando da legenda no Estado devido a "divergências de entendimento com outros membros da sigla". Acilon comunicou declínio na noite desta terça-feira (21). 

Nos bastidores, parlamentares da sigla afirmam que a indicação de Carmelo faz parte um acordo para acalmar os ânimos entre ele e o deputado federal André Fernandes (PL) dentro do partido, já que ambos disputavam internamente a pré-candidatura à Prefeitura de Fortaleza em 2024.  

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O acerto envolve Carmelo na presidência do PL Ceará em troca de André Fernandes ser lançado como candidato a prefeito da Capital no próximo ano. Além disso, Fernandes continuaria com o comando do PL Fortaleza.  

O anúncio oficial da nova presidência da agremiação estadual deverá ser feito ainda nesta quarta-feira (22) pelo presidente Valdemar Costa Neto. Para as eleições de 2024, a legenda deve ter a maior fatia do Fundo Eleitoral, por eleger a maior quantidade de parlamentares para o Congresso em 2022.

PL Ceará 

Após filiação do ex-presidente Jair Bolsonaro ao PL em novembro de 2021, uma série de bolsonaristas se filiaram à legenda para disputar a eleição de 2022. Foi o caso de André Fernandes, da vereadora Priscila Costa, de Carmelo Neto, do pastor Alcides Fernandes (pai de André Fernandes e eleito deputado estadual), entre outros. 

Com a entrada de Bolsonaro na legenda e lideranças conservadoras, o PL Ceará apoiou uma candidatura de oposição ao Governo do Estado em 2022 e deixou de integrar o arco de alianças partidárias do grupo governista, que já estava sob o comando do PT. Tensões entre antigas e novas lideranças na legenda também foram eclodindo, com troca de farpas públicas. 

Antes, sob o comando de Acilon, o partido conseguia aglutinar parlamentares mais conservadores, como a deputada estadual Dra. Silvana e o federal Dr. Jaziel, e ainda integrar o grupo governista. 

Ao comunicar a renúncia, Acilon destacou que vai continuar se dedicando aos municípios com aliados no comando. 

"Reitero que, até as eleições municipais de 2024, não pretendo exercer nenhum cargo de direção a nível de Estado, e, sim, reforçar o trabalho municipal para que as boas práticas administrativas, as quais defendo, sejam vitoriosas", frisou. 

Veja a carta de renúncia na íntegra:

"Considerando as dificuldades de relacionamento com pessoas do partido que não pertencem oficialmente à Executiva Nacional, tão pouco à Executiva do Partido Liberal no Estado do Ceará; e considerando o respeito que tenho por Vossa Senhoria, bem como meu desejo e anseio do que é melhor para a Agremiação, apresento minha RENÚNCIA em caráter definitivo, irretratável e irrevogável à presidência da Comissão Provisória da Executiva do Partido Liberal no Estado do Ceará", conclui.

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