Após denúncia de Naumi Amorim, ex-prefeito Vitor Valim diz que já recebeu a Prefeitura de Caucaia endividada em 2021

Naumi Amorim alega ter herdado uma dívida de R$ 681 milhões da gestão anterior, comandada pelo ex-prefeito, Vitor Valim

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Redação producaodiario@svm.com.br
Vitor Valim foi prefeito de Caucaia na última gestão
Legenda: Vitor Valim foi prefeito de Caucaia na última gestão
Foto: Fabiane de Paula

O ex-prefeito de Caucaia, Vitor Valim (PSB), usou as redes sociais para se defender das acusações do atual prefeito do município, Naumi Amorim (PSD), de que deixou R$ 681 milhões em dívidas para o município.

Valim disse que, ao longo dos quatro anos em que comandou a cidade, não realizou qualquer financiamento ou empréstimo. Ele alegou que as dívidas denunciadas foram contraídas em gestões anteriores, inclusive pelo próprio Naumi, que foi seu antecessor no cargo.

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"Recebi o município, em 2021, com dívidas de R$ 480 milhões em financiamento do CAF (contrato de 17/10/2018) e de R$ 127 milhões em precatórios (gestões anteriores). Essas dívidas são as mesmas apresentadas e feitas pelo então, e agora, prefeito Naumi Amorim", disse.

Por fim, o ex-prefeito acrescentou que sua gestão foi focada em "entregas e melhorias" para Caucaia.

Acusações

Já Naumi Amorim alega ter herdado uma dívida de R$ 681 milhões da gestão anterior, comandada pelo ex-prefeito, Vitor Valim. 

Conforme informou o colunista Inácio Aguiar, o passivo afeta áreas como saúde, educação e previdência, impactando diretamente a prestação de serviços públicos. 

Segundo o atual gestor, as dívidas com fornecedores e prestadores de serviços somam cerca de R$ 300 milhões. Apenas com a Empresa Vitória, responsável pelo programa de transporte público "Bora de Graça", o débito chega a R$ 14 milhões, o que motivou a decisão de realizar uma auditoria para detalhar o cenário. 

Ainda conforme o colunista, com dados repassados pela gestão Naumi, há um passivo de R$ 56,8 milhões na saúde, o que tem resultado em falta de medicamentos e insumos, interrupção de serviços e condições insalubres de trabalho para os profissionais do setor.  

Já na educação, as cifras chegam a 46,1 milhões, agravando a precariedade estrutural em diversas unidades de ensino. A falta de pagamento de aluguéis de equipamentos como computadores e impressoras prejudica o funcionamento das atividades escolares. Além disso, a renovação de contratos de professores temporários não foi realizada, mesmo após solicitação formal da atual gestão. 

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