É hora de se unir pelo Brasil
Há poucos dias estivemos eufóricos com a atuação de alguns times de futebol jogando bonito contra equipes montadas por orçamentos gigantescos. Éramos ali brasileiros e brasileiras unidos por uma paixão construída com base na nossa memória afetiva, na percepção de que Brasil é um conjunto de pessoas, crenças, costumes e sonhos de vitória.
De divergências também, por que não, porém divergências momentâneas para a construção de um ideal comum. Afinal, por caminhos distintos o que se quer é viver em um país que nos dê segurança, educação, respeito e alegrias. Para nós e para nossos filhos. E o caminho pra isso é a política.
Ocorre que em certo momento da história recente, alguém entendeu que radicalismo, despreparo, mentira, agressão e força bruta traziam engajamento e likes nas redes sociais. Com isso, vinha o poder. E quem percebeu isso, inaugurou um modelo de acúmulo de fama política que dispensava o compromisso com o trabalho, com o estudo, com o esforço de gestão e com o cumprimento das leis. E passou a viver e vencer desse método.
Isto posto, estamos, senhoras e senhores, diante de um momento histórico. Diante da agressão injustificável de um Presidente estrangeiro, podemos identificar quem de fato se preocupa com os empregos e o respeito a você, a sua família, e a soberania nacional, e quem, por outro lado, apenas quer ser capacho de um autoritário que defende uma família que em nada contribuiu para o desenvolvimento nacional, além de empreender todos os esforços para não pagar pelos seus crimes.
Vale destruir milhares de empregos para defender uma família que foge da justiça? Vale abaixar a cabeça para alguém que mente em escala planetária a respeito de um déficit comercial inexistente? É “patriótico” o parlamentar que sai do país para conspirar contra seu próprio povo? É aceitável uma postura política que nada propõe de soluções, ao passo que turva o mundo promovendo confusões ideológicas por meio de redes socais?
Certamente quando o dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues cunhou o termo “complexo de vira-lata” não sabia que a extrema direita desceria a um patamar tão baixo e tão vil. É hora portanto de rejeitar o radicalismo, respeitar a soberania nacional e se unir pelo Brasil.
Romeu Aldigueri é presidente da Alece