Ambiente laboral e autismo

Escrito por
Fernanda Cavalieri producaodiario@svm.com.br
Fernanda Cavalieri é pedagoga, cofundadora da Associação Fortaleza Azul (FAZ) e mãe de gêmeos atípicos
Legenda: Fernanda Cavalieri é pedagoga, cofundadora da Associação Fortaleza Azul (FAZ) e mãe de gêmeos atípicos

Nos últimos anos, a conscientização sobre o autismo tem crescido significativamente, tanto na sociedade quanto no ambiente de trabalho. Empresas já percebem a sociedade como ela é: heterogênea, neurodiversa. Discutir o autismo internamente é crucial para promover um ambiente de trabalho que seja acolhedor e empático para todos.

Reconhecer e apoiar funcionários autistas já diagnosticados é um primeiro passo essencial. Esses colaboradores podem enfrentar desafios específicos no ambiente de trabalho, como dificuldades sensoriais ou de comunicação. Ao identificar e adaptar o local de trabalho às suas necessidades, as empresas não só melhoram a qualidade de vida desses funcionários, mas também aproveitam suas habilidades muitas vezes subestimadas - já que ainda é uma prática comum a contratação de funcionários com deficiência apenas para cumprir a lei de cotas.

Além disso, é importante considerar que muitos funcionários podem estar no espectro autista sem saber. Criar um ambiente aberto e seguro, onde esses indivíduos se sintam à vontade para buscar um diagnóstico e o suporte necessário, é fundamental.

Outro grupo que merece atenção são os funcionários que têm filhos em processo de diagnóstico ou já diagnosticados com autismo. Esses colaboradores frequentemente enfrentam a necessidade de equilibrar demandas profissionais com as necessidades de seus filhos. Oferecer flexibilidade no ambiente de trabalho, como horários ajustáveis ou a possibilidade de trabalhar remotamente, pode fazer uma enorme diferença no bem-estar dessas famílias.

Já as empresas que trabalham com atendimento ao público têm uma responsabilidade adicional: treinar seus funcionários sobre como lidar com clientes autistas é indispensável. Conhecer leis, símbolos e práticas de atendimento inclusivo não só melhora a experiência do cliente, mas também projeta uma imagem positiva e responsável da empresa.

Discutir o autismo dentro das empresas é uma necessidade urgente. Ao promover um ambiente de trabalho inclusivo e empático, as empresas não apenas cumprem sua responsabilidade social, mas também se beneficiam de uma equipe mais diversa e motivada.

Fernanda Cavalieri é pedagoga, cofundadora da Associação Fortaleza Azul (FAZ) e mãe de gêmeos atípicos

 

 

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