Sindicato prevê demissões de até 1 mil funcionários na TIM

A operadora controlada pela Telecom Italia tem cerca de 13,6 mil trabalhadores no Brasil.

Escrito por Agência Reuters ,
Sindicato de trabalhadores do setor de telecomunicações estima cortes de 800 a 1 mil funcionários da operadora de telecomunicações TIM nos próximos meses, diante da reestruturação que a empresa está promovendo para dar mais eficiência a seu negócio no País.
 
Os sindicatos do setor têm reunião marcada com a empresa na terça-feira para tratar da reestruturação, disse Luis Antônio Souza, presidente do SinttelRio e secretário geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Fenattel). A operadora controlada pela Telecom Italia tem cerca de 13,6 mil trabalhadores no Brasil.
 
"De fato eles estão fazendo uma reestruturação (...) Nossa estimativa é de corte de 800 a 1 mil pessoas de áreas variadas, técnica, administrativa. Todas as áreas", disse Souza.
 
O sindicato prevê cortes de funcionários de setores como administrativo, financeiro e técnico, disse Souza. A expectativa é que os Estados mais afetados sejam São Paulo e Rio de Janeiro, no qual está localizada a sede da empresa.
 
A TIM não comentou as informações sobre demissões, afirmando apenas que promove desde o segundo semestre do ano passado um "plano de eficiência que abrange todas as áreas da companhia, com revisão ampla de processos e atividades". Segundo a TIM, o plano tem como meta a redução dos custos recorrentes de 1 bilhão de reais até o segundo semestre de 2017.
 
Na próxima terça-feira, a operadora apresentará em Londres as linhas de um plano estratégico para o período de 2016 a 2018, informou a companhia.
 
A TIM divulgou na semana passada crescimento de 3,3 por cento no lucro líquido do quarto trimestre ante o mesmo período do ano anterior, em um resultado que teve ganhos relacionados à venda de torres de telefonia e criticado por analistas ao mostrar queda na receita de serviços.
 
As ações da operadora acumulam desvalorização de 12,5 por cento este ano até a quarta-feira. Às 13h54, o papel despencava 6 por cento, enquanto o Ibovespa mostrava baixa de 2,5 por cento.
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