Estado firma Memorando de Entendimento com chineses para tentar garantir construção de refinaria

Camilo Santana assinou documento com a petroleira Guangdong Zhenrong Energy para realização de estudo sobre o projeto

Escrito por Áquila Leite ,

Após perder definitivamente a refinaria Premium II em janeiro de 2015, quando a Petrobras anunciou o encerramento do projeto, o Ceará tem tentado encontrar possibilidades para que o sonho de décadas da população local possa renascer. Um dos planos do Governo do Estado é viabilizar o empreendimento com investidores chineses, algo que tem sido articulado desde maio do ano passado. Nesta segunda-feira (14), mais um passo importante foi dado, já que o governador Camilo Santana assinou um Memorando de Entendimento com a multinacional de petróleo Guangdong Zhenrong Energy, que se comprometeu a analisar a viabilidade do projeto.

Assinado em Guangzhou, na China, o documento garante que a empresa chinesa fará um estudo para analisar a possibilidade de instalar uma refinaria no Estado, exatamente no mesmo terreno onde seria construída a Premium II, e que hoje pertence à Zona de Processamento de Exportação (ZPE). O empreendimento está incluído dentro de um acordo Brasil-China, assinado no ano passado, e deverá ser financiado por bancos chineses.

"A China hoje tem muito interesse em investir no País, em especial no Ceará. Os chineses estão impressionados com o nosso estado, pela estrutura que disponibilizamos, a localização e, principalmente, por conta da Zona de Processamento de Exportação. Isso abre muitas perspectivas de novos negócios para o estado", afirmou Camilo Santana.

Benefícios

De acordo com o Governo do Estado, o empreendimento, caso seja confirmado, deverá gerar pelo menos 10 mil empregos na fase de construção e 8 mil postos permanentes entre diretos e indiretos. Além disso, a previsão é de que a unidade de refino produza até 300.000 barris/dia, com investimento de US$ 4 bilhões.

Além da Guangdong Zhenrong Energy, a assinatura do Memorando de Entendimento entre o Governo do Estado e chineses contou, ainda, com a participação da empresa petroquímica Qingdao Xinyutian Petroquímical, fechando a cadeia produtiva de combustíveis e produtos químicos derivados do petróleo.

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