Ontem, na hora do almoço, reuniram-se 26 empresários da agropecuária cearense para uma conversa descontraída, mas compromissada, com o empresário Ivens Dias Branco Júnior, acionista e CEO de M. Dias Branco, que acaba de retornar de um périplo asiático, onde se reuniu - em Cingapura, Hong Kong e Tóquio - com executivos de grandes fundos financeiros que administram recursos superiores a US$ 1 trilhão e aos quais apresentou sua empresa, líder do mercado brasileiro e latino-americano de massas e biscoitos.
Durante um par de horas, ele conversou com seus colegas da agricultura e da pecuária, de quem quis saber o que que se passa na economia primária do Ceará.
Ao seu lado estiveram, entre outros, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Faec), Amílcar Silveira, Cristiano Maia, Raimundo Delfino, Gentil Linhares, Jorge Parente, Fernando Franco, Fernando e Rita Granjeiro, Gilson Gondim, Daniel Olinda, Bessa Júnior, Luís Eugênio Pontes, José Luiz Prado, Santana Júnior e Euvaldo Bringel, que se acompanhou de sua mulher, Eliane Brasil, superintendente do Banco do Nordeste (BNB) no Ceará.
Saudado por Jorge Parente, que lhe desenhou o cenário atual do agro estadual cearense, projetando-o para o que chamou de “um futuro que já chegou”, Ivens Júnior ouviu, com atenção e várias perguntas, a exposição do secretário Executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado, agrônomo Sílvio Carlos Ribeiro.
O homenageado impressionou-se com os gráficos e informações a respeito da pecuária, da fruticultura, da carcinicultura e da avicultura, setores em que o Ceará é protagonista. Ele ficou sabendo que duas empresas cearenses – a Agrícola Famosa e a Itaueira – lideram a produção nacional de melão e melancia, sendo que a primeira é a maior produtora e exportadora mundial dessas frutas, com vendas que ultrapassam US$ 100 milhões.
O secretário Sílvio Carlos Ribeiro, usando números oficiais do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e do IBGE, disse a Ivens Dias Branco Júnior que a fruticultura irrigada do Ceará dará um grande salto a partir do próximo ano, quando sua produção e, também, a sua exportação deverão crescer exponencialmente por causa dos investimentos privados que estão sendo feitos hoje em áreas livres da mosca da fruta.
Sobre a carcinicultura, o secretário foi ainda mais otimista com o futuro próximo dessa atividade, que cresce em alta velocidade no interior do Ceará, atraindo, principalmente, pequenas famílias que estão a trocar a enxada da agricultura pela água salobra da criação de camarão nos municípios do Vale do Jaguaribe, sobressaindo-se Morada Nova, Jaguaruana e Jaguaribara.
Ivens Júnior interessou-se, igualmente, pela pecuária, meneando a cabeça afirmativamente ao ouvir do secretário Sílvio Carlos Ribeiro a notícia de que a maior indústria de lacticínios do Nordeste – a Alvoar, ex-Betânia, fundada pelo pecuarista Luís Girão – localiza-se nas cercanias da sede municipal de Morada Nova, no Sertão Central do Estado, onde fabrica dezenas de produtos, do leite condensado ao leite em pó, do iogurte ao achocolatado, do queijo de coalho ao queijo muçarela, que são comercializados em todos os estados da região.
A exposição do secretário acrescentou outra informação que fez sorrir Ivens Júnior, a de que a produção da pecuária leiteira do Ceará cresceu, mesmo nos anos de baixa pluviometria, tendo como causa a melhoria genética do rebanho, às boas práticas agrícolas na produção e silagem de volumosos e ao investimento de grandes criadores na aquisição e uso de novas tecnologias.
Depois dessa exposição, o grupo de agropecuaristas entregou ao CREO de M. Dias Branco uma placa de prata como “homenagem e reconhecimento” ao industrial cuja empresa contribui para o desenvolvimento econômico, social e cultural do Ceará. A placa foi entregue por Fernando Franco e Jorge Parente sob aplausos dos presentes.
Ivens Júnior agradeceu, dizendo que tem acompanhado com interesse, nos últimos anos, o crescimento das atividades da agropecuária cearense, e citou como prova a Pecnordeste – maior feira da pecuária regional nordestina, cuja edição de 2024 será realizada nos dias 6, 7 e 8 do próximo mês de junho.
“Estou impressionado com a dimensão que a Pecnordeste ganhou em tão pouco tempo, mas isto é o resultado do bom trabalho que vocês e a Faec desenvolvem. Parabéns a todos!”, finalizou ele.
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