CE produz oxigênio para hospitais

Escrito por Redação ,
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Produtor de energia eólica (dos ventos), o Ceará agora gera oxigênio, a partir da decomposição do ar, para alimentar unidades hospitalares em todo o Estado. Instalada em Barbalha, no Cariri, a empresa pernambucana Gasil Equipamentos iniciou a fabricação de usinas geradoras de oxigênio gasoso medicinal, para instalação em hospitais, clínicas médicas e ambulatórios.

Com capacidade inicial de produção de três usinas e geração própria de 16 mil metros cúbicos de oxigênio, por mês, a Gasil anuncia investimento de US$ 1 milhão, na nova planta cearense. A Empresa já opera em Pernambuco, desde 1993, produzindo geradores de oxigênio e o próprio gás, para hospitais de todo o País.

Pouco difundida no Brasil, a tecnologia de produção de oxigênio é comum em vários países desenvolvidos. Segundo o presidente da Gasil, Raimundo Silton, as usinas substituem os cilindros de O2 e os tanques de oxigênio líquido utilizados nos hospitais, permitindo redução de custos superior a 80%, às unidades hospitalares.

Conforme contabilizou, o valor, por metro cúbico, do oxigênio produzido em usinas gira entre R$ 0,20 e R$ 1,00, incluindo gastos com energia elétrica, manutenção e pessoal. Paralelamente, o mesmo volume em cilindros está cotado entre R$ 6,00 e R$ 20,00.

Ele lembra que o custo do oxigênio, um insumo de primeira necessidade nos hospitais, representa até 30% do custo de uma unidade hospitalar pública e 15%, em um estabelecimento privado.

Silton explica ainda, que as usinas podem ser fabricadas em dimensões variáveis, entre quatro e 30 metros quadrados, a preços que variam de R$ 50 mil e R$ 1 milhão, a unidade.

Como forma de adequar o equipamento às condições mais diversas, o empresário aponta que está desenvolvendo um gerador móvel, de pequeno porte, para ser adaptado em ambulâncias. ´Em seis meses estaremos lançando os geradores de oxigênio portáteis´, sinaliza.

Processo

Considerando que o ar atmosférico contém 21% de Oxigênio, 78% de Nitrogênio e 1% de outros gases, o trabalho realizado pelas usinas da Gasil é isolar o oxigênio, por meio de um processo de alternância de pressão — o processo PSA (Pressure Swing Adsorption) Adsorsão com Alternância de Pressão). Conforme explicou, o oxigênio produzido na usina pode ser transferido direto para o leito dos pacientes ou armazenado em tanques, pelo hospital . Ele garantiu que o equipamento está certificado pelo In Metro. Segundo ele, pelo menos 20 hospitais no Nordeste, incluindo sete no Ceará, já adotaram a nova tecnologia.

Carlos Eugênio
Repórter

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