Previsões dos cientistas indicam que corpo celeste pode atingir um nível de luminosidade superior ao do planeta Vênus
Apelidado de "Cometa do Século", o C/2023 A-3 (Tsuchinshan-ATLAS) atinge o ponto mais próximo do Sol na sua órbita — fenômeno chamado de periélio —, nesta sexta-feira (27), e passa a ser potencialmente observável a olho nu da Terra. Nesta semana, a Nasa divulgou algumas imagens do corpo celeste.
Desde domingo (22), câmeras de longa exposição já conseguiam capturar o fenômeno e sua cauda de poeira antes e durante o nascer do sol, segundo a agência espacial norte-americana. Um exemplo disso foi a série de registros capturados pela pesquisadora Lucy Yunxi Hu, do céu acima do Lago George, no estado de Nova Gales do Sul, Austrália, durante o amanhecer dessa data.
No mesmo dia, o cometa também foi capturado pelo astronauta Matthew Dominick, direto da Estação Espacial Internacional.
Descoberto no ano passado, o C/2023 A-3 (Tsuchinshan-ATLAS) tem chamado atenção devido o seu brilho intenso. As previsões dos cientistas indicam que ele pode atingir um nível de luminosidade superior ao do planeta Vênus, conhecido por ser um dos objetos mais brilhantes no céu noturno.
No entanto, como destaca a Nasa, o brilho futuro de cometas é notoriamente difícil de prever, além de que o Cometa do Século pode ainda se desintegrar ao se aproximar do Sol, devido ao calor do astro.
As previsões também indicam que o fenômeno poderá ser visualizado de todas as regiões do Brasil.
Como observar?
Até o dia 4 de outubro, o Cometa do Século pode ser viso no leste do céu, antes do amanhecer. Já entre os dias 7 e 11 de outubro, o cometa ficará ainda mais próximo ao Sol, dificultando a visualização devido ao brilho solar.
A partir de 12 de outubro, quando o cometa passará pelo ponto mais próximo da Terra — perigeu —, ele poderá ser observado logo após o pôr do sol, no horizonte oeste.
Para facilitar a localização do C/2023 A3, aplicativos de observação astronômica, como Star Walk 2 ou Sky Tonight, podem ser úteis.