Você tem dificuldade de falar em reuniões? Conheça 6 estratégias para se expressar com assertividade
Você já participou de reuniões durante as quais pensou sobre um assunto em específico, relacionado ao tema do encontro, tinha algo a dizer e ficou em silêncio por medo de ser inadequado? Você não é o único! Muitos profissionais sentem a pressão de falar em público, especialmente em reuniões importantes. Neste post compartilharei seis estratégias que irão ajudá-lo a se sentir mais seguro para se expressar em reuniões, permitindo que suas opiniões sejam emitidas com assertividade.
O receio de parecer inadequado ou de ser criticado afeta muitos profissionais durante reuniões, convenções, treinamentos ou encontros de trabalho. Essa insegurança pode limitar a participação ativa nesses momentos cruciais, além de impactar negativamente o crescimento profissional e a abertura de novas oportunidades dentro da organização. Isso ocorre porque a capacidade de expressar ideias com clareza e confiança é uma das habilidades mais valorizadas no ambiente corporativo.
Embora possa parecer um desafio difícil de superar, essa competência pode ser desenvolvida com prática e estratégia. Inicialmente, vamos entender por que nos sentimos assim e por que sempre saímos desses momentos dizendo a nós mesmo: “pensei exatamente igual ao ‘fulano’, mas não tive coragem de falar!” O que acontece realmente?
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Quais são as principais razões pelas quais evitamos falar em reuniões?
Muitos profissionais temem que suas ideias e opiniões sejam mal interpretadas ou que recebam críticas negativas de colegas e/ou superiores. Este medo gera um efeito ‘paralisador’ e aos poucos afeta não somente a carreira, mas também a saúde emocional do indivíduo. Além deste, outros quatro motivos podem estar presentes neste cenário:
- Insegurança sobre o conteúdo: a falta de confiança no próprio conhecimento sobre o tema discutido pode levar o profissional a duvidar de sua capacidade de contribuir de forma significativa.
- Falta de clareza: alguns profissionais não se pronunciam por não estarem seguros de como estruturar ou comunicar suas ideias de forma clara e objetiva.
- Medo de conflitos: em discussões mais delicadas ou polêmicas, o receio de gerar discordância ou conflito pode inibir a fala, especialmente se a cultura da empresa não encorajar debates abertos.
- Ambiente intimidador: reuniões com figuras de autoridade ou colegas mais experientes podem criar um ambiente de pressão, dificultando a expressão de ideias.
- O perfil da liderança: um líder autoritário ou pouco receptivo pode desencorajar a participação, fazendo com que os profissionais se sintam desmotivados a contribuir.
- Falta de objetividade nas reuniões: reuniões sem foco ou com objetivos pouco claros podem levar à confusão, fazendo com que os participantes hesitem em se pronunciar.
Esses fatores, somados a uma cultura organizacional intolerante a erros ou a um conflito colaborativo, podem restringir a participação, mesmo que a pessoa tenha algo valioso a acrescentar.
Como se expressar com assertividade?
A preparação, sem dúvidas, é a base para qualquer profissional que almeja ter alta performance em seus desafios de carreira. A grande questão é que a preparação também envolve aspectos emocionais e comportamentais, e estes são mais delicados para desenvolver e demandam tempo.
Fortalecer a autoconfiança é o primeiro passo! Aproprie-se de seus talentos e habilidades e acredite que sua posição atual é merecida. Esqueça o que dizem sobre ‘vender’ o seu trabalho. Diferentemente do que muitos pensam, é importante, sim, saber apresentar os seus resultados e mostrar autoridade com profissionalismo e verdade. Cuidado: essa estratégia não combina com vaidade ou arrogância.
Além dos cuidados iniciais, outras estratégias o ajudarão:
1. Prepare-se com antecedência: entenda o propósito da reunião, informe-se sobre os participantes, estude os tópicos que serão discutidos e prepare pontos ou perguntas relevantes. Isso aumentará sua confiança e clareza ao se pronunciar.
2. Esteja presente com atenção plena: eliminar as distrações durante o encontro/reunião contribui para que suas contribuições sejam assertivas e no tempo certo. Com atenção plena é possível analisar o clima e o momento do debate. Preste atenção ao que os outros dizem antes de falar. Isso não só ajuda a entender melhor o contexto, mas também permite que você construa sua contribuição sobre o que foi discutido.
3. Respire: sempre digo aos meus mentorados que “a segunda resposta é melhor que a primeira e a terceira normalmente é a melhor!”. Evite falar por impulso, respire e pense se há uma melhor forma de dizer o que pretende, especialmente se o clima está tenso.
4. Seja claro e conciso: ao expressar suas ideias, procure ser direto e objetivo. Evite jargões desnecessários e procure estruturar seu raciocínio de forma lógica, sempre alinhando o estilo comunicacional ao nível dos participantes. Não adianta falar ‘bonito’ e não ser entendido. Expresse suas opiniões de maneira respeitosa, mas firme. Use “eu” para assumir a responsabilidade por suas ideias, como em “Eu acredito que…” ou “Eu vejo que…”.
5. Discuta ideias, esqueça a necessidade de estar certo: contribuir requer desapego das próprias ideias. Não queira ter razão! Esse comportamento inibe a troca de ideias e bloqueia a colaboração. Ao discutir ideias em vez de buscar a validação de uma posição, busque contribuir para os objetivos do grupo.
6. Busque feedback: após as reuniões, peça a colegas ou mentores para avaliarem sua contribuição. O feedback pode ajudar a identificar áreas de melhoria e aumentar sua confiança nas próximas ocasiões.
Essas estratégias podem ajudar a construir sua confiança e garantir que suas ideias sejam ouvidas e valorizadas. Mas lembre-se: mesmo exercitando estratégias que o ajudem a se expressar em reuniões/encontros corporativos e que essa prática contribua para alavancar a carreira, para que isso seja efetivo, o foco da contribuição não deve ser você. Você ganha por consequência! A sua preocupação máxima sempre deve ser contribuir genuinamente. Quando o foco se torna chamar a atenção ou mostrar que sabe, o efeito, normalmente, é contrário. Como disse Nelson Mandela: “Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu coração.” Pense sobre isso!
Nesta coluna, trarei para você assuntos relacionados a carreira, liderança, coaching e tendências sobre esses temas. Contribua deixando sua pergunta ou sugerindo um tema de sua preferência, comentando este post ou enviando mensagem para o meu Instagram: @delaniasantosds.
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