Veja locais onde praticar skate e projetos de ensino gratuito em Fortaleza

Prática esportiva ganhou visibilidade com as medalhas olímpicas de Rayssa Leal e Kelvin Hoefler nas Olimpíadas de Tóquio.

Escrito por Nícolas Paulino , nicolas.paulino@svm.com.br
Legenda: Mesmo com história na cidade desde a década de 1970, modalidade ainda tem poucos projetos de ensino.
Foto: Kid Júnior

A fadinha do skate voou em Tóquio e trouxe a medalha de prata para o Brasil. Assim como Rayssa Leal, de 13 anos, várias crianças e adolescentes de Fortaleza sonham com manobras arriscadas sobre quatro rodinhas. Há equipamentos para a prática espalhados em vários locais da cidade.

A prática gratuita de skate com acompanhamento profissional é ofertada no Cuca Jangurussu, embora haja pistas de skate abertas ao público também nas unidades Mondubim, Barra do Ceará e José Walter, segundo a Prefeitura de Fortaleza.

Segundo Edson Pinheiro, presidente da Federação Cearense de Skate (Fesk), a modalidade abraça crianças que vivem no entorno dos equipamentos. Há previsão de ampliar a oferta para o Cuca Pici, ainda não concluído.

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De forma independente, a Busk Escolinha de Skate oferece treinamento gratuito na Praça de Messejana, desde 2018. O idealizador da iniciativa, o comerciante Mardonio Campina, 49, conta que são atendidas de crianças a adultos.

“Minha motivação sempre foi incentivar os meninos a praticar esporte de modo diferente. Skate não é como todo mundo diz, que só têm marginais. Todos têm talento, o que falta é oportunidade”, garante.

O projeto é sustentado apenas com ações de reciclagem, rifas, bazares e doações, e conta com ações voluntárias, como a de Alexandre Gato, primeiro cearense skatista profissional. Atualmente, são atendidos 18 alunos de vários bairros da Capital - número reduzido em comparação aos 29 antes da pandemia.

Como participar

A Coordenadoria da Juventude de Fortaleza informa que as aulas de skate acontecem de terça-feira a sexta-feira, de 16h às 19h, no Cuca Jangurussu. 

A partir de 5 de agosto, a Rede Cuca retorna com as matrículas para os esportes, de forma on-line. Os interessados devem ter idade entre 15 e 29 anos. Além do skate, ao todo, são ofertadas 30 modalidades, sendo 13 olímpicas.

No momento, a Busk Escolinha de Skate não está operando por causa de reformas na pista, para evitar acidentes com os alunos. Quando as atividades voltarem ao normal, ocorrem uma vez por semana, às sextas-feiras.

Legenda: A escolinha Busk está ativa desde 2018, mas deu pausa para reformas na pista.
Foto: Acervo pessoal

Pistas existentes

A Capital cearense conta com diversos espaços públicos para a prática do skate, embora parte deles esteja danificada pelo tempo. “Tem várias pistas com defeito, abandonadas. Tá muito precário, tá perigoso”, comenta Mardonio Campina.

O presidente da Fesk, Edson Pinheiro, tem fiscalizado obras para evitar erros de construção, que são reivindicações comuns de skatistas nas redes sociais. 

Legenda: Pista do Cocó, na Avenida Raul Barbosa, uma das mais movimentadas da Capital cearense.
Foto: Kid Júnior

Confira abaixo uma lista de pistas identificadas pelo Diário do Nordeste:

  1. Praça na Rua Brisa do Mar (Vicente Pinzón)
  2. Praça da Gentilândia
  3. Praça da Juventude (Granja Portugal)
  4. Skate Park do Centro de Formação Olímpica do Nordeste (Castelão)
  5. Pista de Skate do Cocó (Avenida Raul Barbosa)
  6. Pista de Skate da Av. Aguanambi
  7. Cuca Barra do Ceará
  8. Cuca Jangurussu
  9. Cuca Mondubim
  10. Cuca José Walter
  11. Praça da Paz Dom Hélder Câmara (Avenida Dioguinho)
  12. Praça Luiza Távora (Aldeota)
  13. Praça Beira Rio (Vila Velha)
  14. Cururu Skate Park (Av. Osório de Paiva)
  15. Pista de Skate do Canal (Bairro Ellery)
  16. Polo de Lazer da Av. Sargento Hermínio
  17. Pista de Skate da Praça de Messejana

 

Há ainda outras obras públicas em andamento que prometem inaugurar pistas no futuro:

  • Parque Rachel de Queiroz
  • Entorno da Lagoa do Papicu
  • Skatepark da Nova Beira Mar
  • Cuca Pici

Skate em Fortaleza

Mardonio Campina lembra que começou a andar de skate ainda criança, na década de 1980, embora os primeiros skatistas tenham começado em meados de 1970. À época, havia poucas opções de pista e a manutenção dos skates exigia percorrer longas distâncias para encontrar peças.

“De lá pra cá, mudou muita coisa. Ganhamos apoio, apareceram os Cucas pra dar força. Não tá perfeito, mas em relação a melhorias, tem muitas pistas. Mas eu também acho que a galera deveria cuidar. Não adianta só esperar ajuda de fora”, defende.

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