Mesmo proibidas, feiras continuam ocorrendo na Capital

89 feiras foram dispersadas em Fortaleza pela Agefis entre o dia 8 de maio até 13 de julho

Escrito por Redação ,
Legenda: Feira do Conjunto Polar reúne feirantes e população na terça-feira (14)
Foto: Fabiane de Paula

Se, por um lado, as feiras públicas são sinônimo de subsistência para uma parcela da população, por outro, são consideradas ambientes favoráveis para a disseminação do coronavírus. Em meio à dualidade, 89 feiras foram dispersadas pela Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) desde o dia 8 de maio até 13 de julho. As fases do plano de retomada econômica avançam na Capital, e esta categoria de comércio permanece proibida até então - a prática, contudo, não desapareceu. Na Capital, a cena é comum em diferentes bairros, e em cada ponto se repetem, também, as aglomerações, um dos fatores de risco para o contágio pela Covid-19.

Entre barracas e carros estacionados, ontem (14), frequentadores da feira do Jardim Iracema circulavam livremente. Até as 7h24, o ambiente ao ar livre não estava lotado, mas o uso da máscara não era unânime. O equipamento de proteção individual (EPI) era visto hora no rosto, hora sob o queixo de comerciante e clientes. Em alguns casos, a máscara fora inteiramente descartada. Já na feira do Conjunto Polar, o movimento era menos intenso. Por volta de 9h30, grupos pequenos visitavam a única fileira de barracas erguidas, e o uso de EPIs era mais frequente.

"A feira, por estar lá, já está descumprindo o decreto. Embora seja uma feira como a da Parangaba, por exemplo, que é regular e pode existir em épocas normais, já durante a pandemia, tem um decreto que proíbe. Então, não pode funcionar em hipótese alguma. Esperamos as próximas semanas, com o avançar das fases da retomada, para saber se poderá voltar", explica Neuvani Vasconcelos, diretor de Operações da Agefis. Segundo ele, a Agência realiza um trabalho prévio durante a madrugada, para evitar que as estruturas das feiras sejam montadas. Já pela manhã, outra equipe passa pelos mesmos locais a fim de verificar se o comércio está funcionando. "A maioria estava cumprindo, mas chegamos a encerrar um número que eu ainda acho alto", avalia.

Durante esse processo, algumas feiras chegaram a ser encerradas por mais de uma vez. Vasconcelos descreve que as ações da Agefis são feitas "em caráter de orientação".

Por esse motivo, diz o diretor de Operações, nenhuma multa foi aplicada, nem mercadorias foram apreendidas até então.

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