Igrejas católicas vão reabrir em Fortaleza a partir do dia 5 de setembro
Volta deve acontecer gradativamente, com as unidades seguindo orientações sanitárias
As missas, assim como diversas atividades católicas presenciais, voltarão a ocorrer em Fortaleza a partir do dia 5 de setembro. A decisão foi comunicada, nesta quinta-feira (27), em carta circular assinada pelo arcebispo de Fortaleza, Dom José Antônio Marques.
O decreto governamental já permite 100% de ocupação dos templos religiosos. A Arquidiocese de Fortaleza traçou um plano sanitário para a frequência. Apenas as unidades que cumprirem as recomendações terão permissão para realizar as cerimônias.
Dentre as mudanças apresentadas, está a decisão de que as pessoas com problemas de saúde poderão receber a comunhão em casa. Além disso, haverá um aumento no número de missas em diversos horários para que não haja aglomerações.
As normas valem para todas as paróquias, áreas pastorais e comunidades eclesiástica da Arquidiocese de Fortaleza. Na circular, Dom José pede colaboração dos fiéis e coloca que “somente as normas não serão capazes de realizar o necessário para o bom andamento do processo de retorno à presencialidade”.
Em anexo ao comunicado está uma série de orientações de saúde que devem ser seguidas pelas comunidades católicas durante as cerimônias.
Retorno adiado
Apesar das atividades estarem liberadas com 20% da capacidade dos templos no Estado desde maio, em reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral realizada naquele mês, o arcebispo Dom José Antonio avisou que os templos da Igreja Católica Apostólica Romana em Fortaleza só abriram após a quarta fase do plano de retomadas.
Segundo o decreto, as atividades religiosas já poderiam ser retomadas na segunda fase do plano de retomada da economia e de atividades comportamentais no Ceará, previsto para ocorrer entre 22 de junho e 5 de julho, desde que mantenham até 20% de sua capacidade total.
À época, o padre Clairton Alexandrino, pároco da Catedral Metropolitana de Fortaleza, afirmou que o arcebispo não pretende “atropelar” os processos de reabertura e está preocupado com a saúde das pessoas. Ele explica também que dom José Antônio não quer privilegiar alguns grupos, como quem pode ir até as igrejas de carro ou quem tem condições de agendar por telefone.
“Ele quer ter uma visão de conjunto e também adquirir a garantia de que já não haverá problema de transmissão do vírus para outras pessoas”, diz.