De toque de recolher a lockdown: confira restrições em estados com cenário da Covid similar ao Ceará
Ceará é o oitavo estado com maior número de confirmações de casos de pacientes com o novo coronavírus no Brasil, estando na sétima posição com o maior número de mortes, segundo dados das secretarias de saúde de cada estado
Toque de recolher, lockdown e restrição de saídas. São distintos os recursos adotados para conter o avanço de contágio da Covid-19. No Ceará, assim como em outros estados brasileiros, o cenário epidemiológico de crescimento das ocorrências positivas do novo coronavírus motivou os governadores e prefeitos a optarem por medidas de prevenção mais duras.
Enquanto os municípios cearenses já adotam barreiras sanitárias e toque de recolher, confira a situação sanitária dos estados brasileiros com altos índices de contaminação e óbitos.
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Covid-19 no Sudeste
São Paulo
Desde o início da pandemia, São Paulo é o estado brasileiro que mais concentra resultados positivos para a Covid-19 e óbitos por conta da doença. Foram 2.014.529 confirmações do novo coronavírus, enquanto as mortes já totalizaram 58.873, segundo dados da Secretaria de Saúde de São Paulo, divulgados na quinta-feira (25) às 16h21.
Após apresentar o recorde de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) desde o registro do primeiro caso da doença, chegando a 6.410 pessoas na última segunda-feira (22), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou um toque de recolher das 23h às 5h. Apesar da medida ter sido divulgada na quarta-feira (24), ela começa a vigorar hoje, se estendendo até 14 de março.
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Ainda em São Paulo, algumas cidades do interior determinaram o “lockdown”, medida mais rígida que restringe a circulação de pessoas em espaços públicos sem motivos essenciais.
Buscando conter o ritmo de contágio da nova onda, a Prefeitura de Araraquara, município localizado a 278 km da capital paulista, chegou a decretar "lockdown total" por 60 horas na última sexta-feira (19). A medida foi válida do meio-dia de domingo (21), à meia-noite de terça-feira (23).
Minas Gerais e Rio de Janeiro
O estado de Minas Gerais é o segundo com maior número de casos da Covid-19, com 862.502 ocorrências, enquanto as mortes já chegam a 18.135, conforme dados da pasta de saúde até ontem (25). Já o Rio de Janeiro registra 579.118 ocorrências positivas para a Covid-19 e 32.771 óbitos para a doença, também segundo o órgão estadual de saúde do estado.
Até o momento, a prefeitura do Rio de Janeiro ainda não adotou medidas mais duras, porém, segue sendo necessário utilizar máscara e manter o distanciamento social, com limite de pessoas por ambiente. Além disso, após resolução conjunta das secretarias de Saúde e Educação foi publicada, no último dia 26, a retomada com seguranças das aulas presenciais de alunos, professores e funcionários, seguindo diretrizes e orientações para evitar o contágio.
De maneira similar, em Minas Gerais foi aprovado um protocolo na última quarta-feira (24) apontando regras de distanciamento e de higienização, deixando opcional a volta às aulas presenciais. As medidas, compartilhadas no portal da secretaria de saúde do estado, também estabeleciam o retorno gradual e alternado.
"Lockdown"
Nesta sexta-feira (26), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), decretou lockdown a partir das 17h. Com isso, Salvador terá apenas atividades consideradas essenciais abrindo normalmente até o próximo dia 1º de março. No período, a circulação de pessoas será restrita das 20h às 5h. Com a decisão, a capital da Bahia se torna a 1ª do Nordeste a adotar medidas mais rígidas em meio à 2ª onda da pandemia de Covid-19 no País.
Até o momento, a Bahia é o 3º do Brasil com maior número de positivações para doença, com 669.821 ocorrências e 11.488 óbitos para doença, também segundo a pasta de saúde estadual, ficando atrás somente de São Paulo e Minas Gerais.
Já o Governo de Santa Catarina determinou "lockdown" em todo o estado durante este fim de semana, das 23h de hoje (26) até às 6h da próxima segunda-feira (1) e no próximo, entre dia 5 até 8, segundo o portal da saúde do estado. Atualmente, concentra 657.649 casos confirmados da doença e 7.165 óbitos, ficando logo depois da Bahia na maior quantidade de positivações para a doença.