Coronavírus: 13 estão internados na UTI do Leonardo da Vinci; 5 pessoas morreram
Desde o dia 25 de março, quando passou a receber pacientes com a Covid-19, 13 pacientes receberam alta na unidade. Média de tempo de internamento é de 4,6 dias
O Hospital Leonardo da Vinci, unidade de retaguarda destinada exclusivamente ao atendimento de pessoas com coronavírus, tem 39 pacientes internados com a Covid-19. Destes, 13 estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conforme os dados atualizados às 11h15 nesta terça-feira (7) do acompanhamento de internações, que é divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) através da plataforma IntegraSUS. Na unidade, 5 pacientes morreram.
A ocupação da UTI se destaca sobre a de clínica médica, uma vez que 13 dos 30 leitos disponíveis estão ocupados. No caso dos leitos de clínica, estão sendo utilizados 26 do total de 180. A taxa de ocupação geral é de 18,57%, e os pacientes permanecem internados por, em média, 4,6 dias.
Desde o dia 25 de março, logo após o início do funcionamento do Hospital Leonardo da Vinci, 13 pacientes receberam alta após serem diagnosticados com Covid-19 e receberem tratamento da unidade.
Pacientes do sexo masculino representam a maior parte dos internados na unidade, sendo 61,54% do total. A faixa etária predominante entre os pacientes homens é de 60 a 69 anos, que reúne oito pessoas. Já entre as mulheres internadas, três têm entre 70 e 74 anos – intervalo de idade mais comum entre o sexo feminino.
Dos 39 pacientes, 28 são residentes de Fortaleza, e dois moram no Eusébio. Cada um dos demais reside em municípios distintos, que são: Sobral, Jaguaretama, Icapuí, Pindoretama, Quixeré, Limoeiro do Norte, Canindé, Horizonte e Independência.
Casos
O Hospital Leonardo da Vinci é uma unidade de saúde particular localizada no Centro de Fortaleza, até então desativada, que foi requisitada pelo Governo do Estado para dar suporte a eventuais confirmações de coronavírus no Ceará. O funcionamento teve início no dia 22 de março.
“Até o final de abril, ele deve ter capacidade de receber 234 pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Hoje foi iniciado o serviço de diálise, e até o fim da semana devemos ter o serviço de tomografia. As equipes estão sendo ajustadas para que ele tenha sua capacidade máxima ampliada até o fim da semana”, afirma o secretário da Saúde do Estado, Dr. Cabeto, em coletiva de imprensa realizada na segunda-feira (6).
O número de mortes provocadas pela Covid-19, no Ceará, passou para 35, de acordo com dados atualizados da plataforma IntegraSUS às 10h45 desta terça-feira (7). Segundo a plataforma, a quantidade de diagnósticos positivos para a doença também cresceu, registrando agora 1.051.
Os casos estão distribuídos em 39 cidades. Fortaleza é a cidade com mais focos do Covid-19 totalizando 942. A plataforma Integrasus ainda registra outros seis casos confirmados, mas não há informações sobre locais onde houve identificação da doença.
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Nesta segunda-feira, o Ceará ultrapassou a marca de mil pessoas infectadas, pouco menos de um mês após o primeiro caso confirmado no Estado. A Sesa confirmou os três primeiros casos da doença no dia 15 de março.
Pico de infecção
Um boletim produzido pela Rede CoVida, iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estima que o Ceará deve ser o primeiro Estado no País a atingir o nível máximo de infecções pelo novo coronavírus, a partir do dia 25 de abril. Já no início do mês, os cálculos estimam que o Estado terá 3.053 pessoas infectadas e deve ultrapassar o Rio de Janeiro (2.887) em número de casos, ficando atrás de São Paulo (11.684), na quarta-feira (8).
Novo decreto revogado
A pandemia do novo coronavírus tem gerado transtornos das mais diversas ordens no Estado. Após ter liberado o funcionamento de diversos setores da economia em novo decreto publicado no fim da noite deste domingo (5), o governador Camilo Santana (PT) resolveu anular os efeitos e continuar as proibições já implementadas nos textos anteriores. A primeira decisão, tomada no começo da noite de ontem (5), liberava 16 tipos de empresa à retomarem as atividades, na maioria indústrias.