Chuva de meteoros e conjunções planetárias: veja os eventos astronômicos de fevereiro vistos do CE
Visibilidade dos eventos pode ser afetada em caso de tempo nublado ou chuvoso, conforme especialista em astronomia
Enquanto janeiro apresentou eventos astronômicos voltados para o lado oeste, direção em que o sol se põe, fevereiro terá nova série de configurações diferentes ao leste, conforme o professor de Astronomia do Colégio do Corpo de Bombeiros, Romário Fernandes. Dentre as previsões esperadas há chuva de meteoros e distintas conjunções planetárias, evento que acontece quando alguns planetas se encontram aproximados no céu por um período de tempo.
No caso da chuva de meteoros, a expectativa é que ocorra com maior intensidade no dia 8 de fevereiro “sob condições ideais de visibilidade”. Segundo o pesquisador, que também produz conteúdos sobre astronomia no Youtube, o evento pode concentrar entre 5 a 25 meteoros por hora, podendo ser localizado próximo da estrela chamada Alfa do Centauro, “a mais brilhante das duas estrelas bem vistosas que apontam para o Cruzeiro do Sul”.
“A dica para tentar aproveitar ao máximo a oportunidade é ir para o local mais afastado possível das luzes da cidade. Sentar confortavelmente em um espaço onde não tenha montanhas, prédios, nem árvores no horizonte e aguardar o início do espetáculo”, acrescenta.
Por ser um ponto da estrela que está localizada ao sul, a visibilidade se torna favorável em todo o país. Apesar dos meteoros poderem surgir em qualquer lugar do céu, em horário inesperado, Romário explica que “a tendência é que a madrugada seja mais favorável para a observação de riscos luminosos mais significativos”.
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Conjunções Planetárias
Em relação ao encontro de planetas no céu, a movimentação de Saturno e Vênus gradualmente ocorre, efetivando a aproximação máxima perto do dia 6 de fevereiro. “Caberiam dentro de uma lua cheia”, aponta Romário. Já no dia 11, a expectativa é que o fenômeno se repita com Vênus e Júpiter.
Posteriormente, o planeta Mercúrio deve desenhar diferentes triângulos ao lado de Saturno e Júpiter. Apesar dessa ampla variedade de combinações celestes, o professor aponta que essa "incrível" sequência de conjunções talvez não seja possível ser observada com facilidade, pelo fato dos planetas estarem próximos ao sol, “o que tende a dificultar a observação”.
Além disso, mais próximo do fim do mês, haverá o encontro entre a lua e o planeta Marte, que estarão juntos no céu no dia 18 a partir do pôr do sol, até cerca de 22h.
Visibilidade
Em meio ao período chuvoso, o professor alerta que a presença de nuvens pode atrapalhar a observação dos fenômenos astronômicos. “Todos os fenômenos relevantes acontecem na alta atmosfera ou fora da terra e as nuvens se colocam no caminho da nossa visão”, explica.
Além disso, a luminosidade artificial das cidades também pode servir como uma barreira dessa visibilidade dos eventos no céu. Devido ao fato de meteoros serem fenômenos poucos luminosos, traçando rápidos riscos de observação, Romário recomenda que as pessoas busquem estar “o mais longe possível das luzes artificiais”, buscando locais que não tenha tantos postes ou prédios.
“O cenário realmente ideal era estar fora de Fortaleza. Mas estando na cidade, buscar regiões mais afastadas”, finaliza.