Chuva de meteoros das Geminídeas, última de maior relevância no ano, poderá ser observada do Ceará

Fenômeno não exige recursos profissionais para visualização e deve ter pico no início da madrugada do dia 14 de dezembro

Escrito por Redação , metro@svm.com.br
Legenda: Eventos astronômicos tem melhor visualização no Ceará por características geográficas e climáticas
Foto: Romário Fernandes

Os cearenses poderão acompanhar a chuva de meteoros das Geminídeas, considerada por astrônomos um dos melhores eventos do tipo, com melhor visualização entre os dias 13 e 14 de dezembro - quando mais de 100 estrelas cadentes por hora devem iluminar o céu. Por volta da meia-noite, o fenômeno deve se intensificar e não será preciso equipamentos profissionais para visualização.

Romário Fernandes, professor de astronomia do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros do Ceará, explica que essa será a última chuva de meteoros de maior relevância do ano. A observação das Geminídeas pode ser observada sempre por volta de dezembro. “A dica é se afastar das luzes da cidade, de preferência na zona rural, sentar num local confortável, com vista ampla para o céu e aguardar o início do fenômeno. Os meteoros poderão ser vistos desde o início da noite, mas a tendência é que eles se intensifiquem depois da meia noite”, destaca.

Além da chuva de meteoros, a conjunção entre Júpiter e Saturno, evento raro que não ocorre desde à Idade Média com essas características, acontece no dia 21 de dezembro.

O fenômeno poderá ser observado a olho nu logo por volta de 22h, de 13 a 15 de dezembro, com maior intensidade na madrugada do dia 14. “O ponto de onde os meteoros parecem irradiar do céu vem da constelação de gêmeos, que nasce às 10 horas da noite no Leste, mas na prática os ricos luminosos coloridos poderão surgir de qualquer parte do céu nesta madrugada”, pondera Romário Fernandes.

O Ceará possui condições adequadas para a observação de fenômenos astronômicos também por sua localização geográfica próxima à Linha do Equador, o que permite melhor visualização de constelações, bem como pela baixa nebulosidade.

Lauriston Trindade, membro cearense da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), indica que os pontos de menor densidade populacional do Estado possuem melhores condições para acompanhar os fenômenos celestes. “A gente também tem pouca densidade populacional no interior do Estado e diminui a poluição luminosa. Tem regiões com o céu bastante escuro, como Canindé, Santa Quitéria, região de Parambu, Campos Sales, são muito escuras e um polo muito bom para observação. Esses fatores ajudam muito que a gente tenha uma boa visibilidade”, explica.

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