Associações de escolas particulares realizam protesto por retorno das aulas presenciais
Representantes de associações, coordenadores, professores e pais de alunos participaram do ato realizado na Praça da Bandeira, segundo a organização
Um protesto realizado por representantes de três associações de escolas particulares do Ceará, na manhã desta sexta-feira (7), reivindicou o retorno das aulas presenciais em Fortaleza.
O ato, que aconteceu na Praça da Bandeira, localizada na rua Senador Pompeu, no Centro, contou com a participação de cerca de 150 pessoas, entre representantes, coordenadores, professores e alguns pais, segundo os organizadores.
O protesto foi organizado pela Associação das Pequenas Escolas de Fortaleza, União das Escolas Particulares de Pequeno e Médio Porte do Ceará e Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe).
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Com cadeiras escolares enfileiradas na praça, os participantes assistiram a uma aula sobre o direito de escolha das famílias para decidirem se querem que as aulas sejam presenciais ou remotas. Além disso, cartazes com dizeres como “Estamos preparados para uma retomada consciente”, “Educação é prioridade, escolas abertas já”, foram expostos. No fim de julho, membros da categoria percorreram ruas de da Capital em uma carreta pedindo o retorno das aulas.
As aulas presenciais nas instituições públicas e privadas estão previstas para retornar no mês de setembro, se os indicadores epidemiológicos da Covid-19 permanecerem favoráveis, conforme anúncio feito pelo governador Camilo Santana. O Ceará apresenta diferentes estágios do plano de retomada das atividades, e Fortaleza está na fase 4, a mais avançada, com 95% da economia retomada.
Antes do retorno, as escolas públicas e privadas vão receber testagem em massa em alunos, professores e funcionários para detectar o novo coronavírus. A informação foi anunciada secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto.
De acordo com o presidente da Associação das Pequenas Escolas de Fortaleza, Alexandre Carlos Ferreira Lima, as instituições de ensino estão preparadas para o retorno dos alunos. “Nós estamos preparados para esse retorno, o protocolo está pronto, os professores estão prontos, as escolas estão prontas, os alunos estão prontos, os indicadores mostram um cenário favorável. E o Estado? Por que não deixa a gente retornar?", indaga.
Para Alexandre Carlos, o adiamento da retomadas das aulas presenciais está prejudicando tanto as instituições quanto os estudantes. “Tem escolas pequenas que só tem a educação infantil e, diante do que está acontecendo, muitos pais estão retirando os alunos, trazendo um dano irreversível, fazendo com que várias instituições fechassem as portas. Além disso, também tem a questão do bem-estar da criança, que está passando por dificuldades no ensino remoto e a questão de alguns pais que não têm com quem deixar os filhos para irem trabalhar", afirma.
Em nota, o Governo do Estado informou que todas as decisões do Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais são baseadas em estudos epidemiológicos e relatórios realizados pelo Comitê da Saúde, sob o comando do secretário dr. Cabeto, e compartilhadas com o comitê ampliado que reúne Governo do Ceará, Prefeitura de Fortaleza, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Ministério Público Estadual e Federal. "Há constante diálogo com as instâncias envolvidas em cada fase do Plano. Atualmente, 95% da cadeia econômica da Capital opera seguindo os protocolos", diz trecho da nota.