Bate-papo com os Craques: Júnior Cearense fala da superação para jogar nos grandes do Estado

Ex-meia e hoje treinador é um dos convidados do programa

Legenda: Júnior Cearense abraçou a carreira de treinador do futebol
Foto: THIAGO GADELHA

O convidado desta edição do Bate-Papo com os Craques é um meia que escreveu o seu nome pelo cenário cearense em diversas equipes, entre elas Ceará, Fortaleza e Ferroviário, tendo se popularizado mais em equipes médias do futebol alencarino. Júnior Cearense conversou com Tom Alexandrino e Dênis Medeiros e abriu o jogo sobre toda a carreira e vida pessoal.

A vontade e dedicação por ser um jogador de futebol sempre existiu, mas um empecilho atrapalhava o sonho de virar profissional. O problema era o pai de Júnior Cearense que não apoiava a decisão do filho de abandonar os estudos e focar no mundo esportivo. O ex-meia teve que convercer o pai, junto ao irmão, que levava jeito para o negócio.

"O meu pai era de família tradicional e queria um filho médico ou advogado. Como meu irmão já era advogado, sobrou para mim ser médico, mas a gente convenceu ele. Meu irmão era frustrado porque jogava muito bem e acabou não virando profissional. Houve um teste no Tiradentes e eu acabei passando. Meu pai foi assistir minha estreia contra o Fortaleza e ele viu que eu era bom, depois ele não teve outra alternativa a não ser me apoiar", lembrou.

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Carreira consistente

Júnior Cearense começou a carreira no Tiradentes, passou Guarany de Sobral, Horizonte, River-PI, Campinense, além dos três principais clubes da capital: Ceará, Fortaleza e Ferroviário. Uma carreira consistente como meia, mas no Ceará e Fortaleza não conseguiu demonstrar o melhor.

"Me destaquei no Horizonte e fui para o Fortaleza em 2008 e Ceará em 2010, mas não vinguei. Quem pediu minha contratação em 2008 foi o Heriberto da Cunha, mas ele saiu no meio do brasileiro e o outro treinador que chegou não me conhecia e dificultou minha situação. No Ceará foi do mesmo jeito. O Paulo César Gusmão gostou do que eu fiz no estadual e me chamou, mas também foi embora no meio do Campeonato Brasileiro, dai chegou o Estevam Soares e eu já não joguei mais", disse.

Entre frustrações no Vozão e no Leão, o ex-jogador viveu grande fase no Horizonte em 2008, mas foi no Guarany de Sobral que quase conseguiu um título estadual por uma equipe do interior. Segundo ele, o Horizonte foi o time que mais marcou sua carreira e no Guarany ficou para sempre a lamentação de que poderia ter sido vencedor dentro do Castelão.

"Foi um maior pecado do mundo o Horizonte não ter sido campeão cearense em 2008. A gente era ofensivo e batia qualquer time de frente. Era um time que se conhecia muito e muitas vezes sabíamos que venceríamos as partidas. Lá no Guarany, infelizmente o regulamento nos complicou. Mandamos nos dois jogos, mas o empate dava ao Ceará o título", ressaltou.

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