Mulheres moram há três meses em Mc Donald's do Leblon e empresa cogita processo; entenda

Conforme o proprietário da franquia, mãe e filha são consumidoras da loja e pagam o que consomem com cartão de débito

Escrito por Redação ,
Google Street View McDonalds do Leblon onde mulheres moram há três meses
Legenda: McDonald's é a moradia de mãe e filha há três meses, no bairro Leblon
Foto: Reprodução/Google Street View

Mãe e filha estão morando há três meses no McDonald's do Leblon, no Rio de Janeiro. Susane Paula Muratoni Geremia, de 64 anos, e Bruna Muratori Geremia, de 31 anos, dormem na calçada e esperam a loja ser aberta para passar o dia no McDonald's. Segundo a CBN, que divulgou a informação nesta quinta-feira (25), o departamento jurídico da empresa cogita processar as mulheres. 

As duas ficam acompanhadas de pelo menos cinco malas. O proprietário da franquia informou que elas são consumidoras da loja e pagam com cartão de débito. 

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Os vizinhos do estabelecimento reportaram que as mulheres possuem celulares e estão sempre com roupas em bom estado. 

“Quando o Mac fecha, elas ficam sentadas do lado de fora, não se afastam. Quando abre, de manhã, elas entram e pegam sempre a mesa perto da porta. Muito triste, morar em uma lanchonete é uma situação insustentável”, relatou um vizinho. 

Susana e Bruna teriam recusado ajuda de empresários, moradores e do poder público. Autoridades da Prefeitura do Rio e do Governo do Estado tentaram algum tipo de assistência para as duas, o que foi rejeitado todas as vezes. 

Após diversas tentativas de ajudá-las, o proprietário do local levou o caso para uma reunião nacional entre os franqueados do país. Durante o encontro, foi informado que a empresa cogita processar a dupla por abuso do consumidor. 

Quem são as mulheres que moram no McDonald's do Leblon

A reportagem da CBN informou que, inicialmente, elas não teriam fornecido sobrenomes e que se chamavam apenas Suzy e Bruna. 

Mãe e filha informaram que nasceram no Rio Grande do Sul e vivem na capital fluminense há 8 anos. Susana relatou ainda que quer encontrar um aluguel no bairro Leblon por R$ 1.200 e relatou estar visitando apartamentos. 

A uma assistente social do projeto Segurança Presente, Bruna relatou que seu marido estaria em Paris, na França, e que quando ele retornasse, elas alugariam um apartamento. 

Bruna já teria atuado como professora de idiomas, atendente de hotel e recepcionista de uma padaria no bairro. 

O marido de Susane mora hoje no Reino Unido. O casal é sócio de uma empresa atacadista de produtos químicos e petroquímicos, em Porto Alegre.

Dívidas com aluguel e calotes

As duas já teriam dado também um calote em um hotel, em 2022. Conforme um vendedor que trabalhou no local, as duas realizaram o checkout sem pagar o que deviam. A história foi confirmada por um gestor do hotel, que optou por não as denunciar para evitar exposição do estabelecimento. 

Também foi apurado que a dupla daria um "golpe" nos aluguéis de apartamento. Elas locavam os imóveis e paravam de cumprir o contrato, deixando de pagar o aluguel. Na capital do Rio Grande do Sul, dois casos foram encontrados, tendo sido, inclusive, condenadas. A dívida girava em torno de R$ 10 mil. 

Já no Rio de Janeiro, um dos "golpes" de mãe e filha teria ocorrido em 2019. A dívida acumulada na capital fluminense ultrapassa R$ 13 mil. 

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