Mulher suspeita de envolvimento no caso de bolo que matou três pessoas é presa no Rio Grande do Sul
Polícia não revelou detalhes sobre a identidade da suspeita
Uma mulher foi presa temporariamente neste domingo (5), em Torres, Litoral Norte do Rio Grande do Sul, por suspeita de envolvimento no caso do bolo que matou três pessoas da mesma família pouco antes do Natal.
A identidade da mulher, que está detida no Presídio Estadual Feminino de Torres, ainda não foi divulgada pela polícia, tampouco as circunstâncias da prisão. Segundo o g1, ela deve responder por triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada.
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O caso ocorreu no dia 23 de dezembro de 2024, quando a família, que morava em Torres, se reuniu para comer um bolo que já fazia parte da tradição natalina da casa.
Segundo o delegado responsável pela ocorrência, Marcos Vinícius Veloso, ao provarem o bolo, os familiares perceberam que o gosto do alimento estava estranho, com "sabor apimentado e desagradável". Ao perceber que algo estava errado, Zeli dos Anjos, 60, a mulher que cozinhou o bolo, ordenou que os parentes parassem de consumi-lo.
As análises periciais apontam a presença de arsênio no bolo. O elemento químico, altamente tóxico, tem comercialização proibida no Brasil.
Irmã de Zeli, Neuza Denize da Silva dos Anjos, 65, morreu ainda no mesmo dia, por choque após intoxicação alimentar. No dia seguinte, a terceira irmã, Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, e sua filha, Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43, também faleceram.
Outras duas pessoas – Zeli e uma criança de dez anos – também chegaram a ser internadas, mas não correm risco de vida. A criança teve alta na última sexta-feira (03). Já a mulher que sobreviveu segue na UTI, mas com quadro estável. O marido de Maida também chegou a ser hospitalizado, mas teve alta pouco tempo após o incidente.