Caso Henry: Monique planejava se separar de Dr. Jairinho três dias antes da morte do menino
É o que apontam mensagens recuperadas pela Polícia Civil do Rio no celular da babá Thayna de Oliveira Ferreira
A professora Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, 4, planejou se separar do namorado, o médico e vereador Dr. Jairinho (sem partido), três dias antes da morte do menino, ocorrida no dia 8 de março. É o que mostram mensagens recuperadas pela Polícia Civil do Rio no celular da babá Thayna de Oliveira Ferreira, e que constam no inquérito que investiga o homicídio. As informações são do jornal O Globo.
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Jairinho e Monique foram indiciados pelo homicídio duplamente qualificado do menino nesta segunda-feira (3). A funcionária disse em conversa com o pai que a patroa, após ser agredida pelo vereador, arrumou suas malas para ele deixar o imóvel com a condição de que Jairinho ficasse “pagando as coisas dela”, senão iria “f… ele”.
Na conversa, Thayna narra ter chegado para trabalhar no apartamento 203 do Condomínio Majestic, no Cidade Jardim, onde viviam Monique, Jairinho e Henry, quando a família ainda dormia.
A jovem diz ter ficado lavando louça, já que a empregada Leila Rosângela de Souza Mattos estava ausente. “Geralmente tem gin, vinho, uísque. Mas dessa vez não tinha nada. Então, quer dizer, nem bêbado estava”, escreve ela ao pai.
Uma conversa por mensagens entre Thayna e Monique foi um dos elementos-chave para a prisão da professora e do parlamentar, em abril.
A babá narrou as agressões de Jairinho contra Henry do dia 12 de fevereiro. Thayna avisou que Henry relatou que o padastro o pegou pelo braço, deu uma banca e o chutou. A babá também alertou a Monique que o menino era ameaçado por Jairo, evitando que ele contasse das agressões.
Entenda o caso
Henry Borel morreu na madrugada de 8 de março, no apartamento em que vivia com Monique e Dr. Jairinho, na Barra da Tijuca. Segundo as investigações, Henry era agredido pelo vereador com bandas, chutes e pancadas na cabeça. Monique tinha conhecimento da violência desde o dia 12 de fevereiro, pelo menos.
Henry foi levado pela mãe e pelo padrasto ao hospital Barra D'Or na madrugada de 8 de março e já chegou à unidade sem vida.