Alexandre de Moraes autoriza Anderson Torres a sair de casa para cuidar da mãe com câncer

Anderson foi solto em maio 2023 mas cumpre uma série de medidas, como usar tornozeleira eletrônica e a obrigação de permanecer em casa à noite e aos fins de semana

Escrito por Redação ,
Anderson Torres é um homem branco, sem barba, de cabelo preto e curto. Ele está de terno preto e camisa social branca.
Legenda: Anderson Torres era secretário de Segurança do Distrito Federal e foi ministro da Justiça no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a flexibilização da medida cautelar que impedia o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, do governo Bolsonaro, Anderson Torres, de sair de casa no período noturno e aos finais de semana.

A decisão de Moraes atende um pedido dos advogados de Anderson que solicitou a revogação da medida para que o ex-ministro possa visitar e acompanhar a mãe. A idosa de 70 anos está em tratamento contra o câncer e mora com o marido, de 73 anos. O argumento da defesa é de que o pai de Torres, por conta da idade, não tem condições de cuidar da esposa.

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Anderson Torres que chegou a ser preso após os atos golpistas em janeiro de 2023 foi solto por ordem de Moraes em maio do mesmo ano, mas tem que cumprir uma série de medidas restritivas,  sendo duas delas: o uso de tornozeleira eletrônica e a obrigação de permanecer em casa à noite e aos fins de semana.

Com a decisão, houve uma flexibilização da medida cautelar e o ex-ministro pode "visitar e acompanhar a genitora nos cuidados necessários ao tratamento de sua saúde". Mas, o deslocamento é restrito da residência de Anderson Torres para a casa da mãe e ao hospital onde está internada.

A decisão tem caráter provisório e não dispensa o ex-ministro do cumprimento das demais medidas impostas, como deixar o Distrito Federal.

Investigação

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, cadeira que ocupou após deixar o primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres é investigado em inquéritos do STF por sabotar o esquema de proteção montado para evitar os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em janeiro de 2023.

Na invasão e depredação no Palácio do Planalto, no Congresso e na sede do STF, Anderson Torres estava nos Estados Unidos e foi preso ao desembarcar no Brasil.

Ao determinar a expedição do mandado, Alexandre de Moraes descreveu as atitudes do delegado como "descaso" e "conivência". O ministro também sustentou não haver qualquer justificativa para a omissão do então secretário de Segurança.

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