Rússia abre investigação própria para investigar queda de avião fabricado pela Embraer no Cazaquistão

Acidente deixou 38 mortos e 29 sobreviventes

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(Atualizado às 12:59)
Embraer 190 que caiu no Cazaquistão
Legenda: Autoridades cazaques disseram que ainda não há uma hipótese oficial para a queda, mas especialistas acreditam que o avião pode ter sido abatido
Foto: Issa Tazhenbayev / AFP

O Kremlin afirmou, nesta quinta-feira (26), que a Rússia abriu uma investigação própria para apurar as causas da queda do avião da Azerbaijan Airlines no Cazaquistão, segundo divulgado pelo g1. O acidente deixou 38 mortos e outras 29 pessoas sobreviveram. 

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que Moscou não vai especular e que esperará as conclusões de uma investigação própria. Na quarta-feira (25), a agência russa de aviação civil (Rosaviatsia) chegou a dizer que o avião foi atingido por um bando de pássaros. 

Além da Rússia, o caso é investigado pelo Cazaquistão e Azerbaijão. Autoridades cazaques disseram que ainda não há uma hipótese oficial para a queda. O presidente do Senado cazaque, Maulen Ashimbayev, garantiu que nenhum dos países ocultará informações. 

O Embraer 190, de fabricação brasileira, transportava 62 passageiros e cinco tripulantes entre Baku, capital do Azerbaijão, e Grozny, capital da república russa caucasiana da Chechênia. A aeronave caiu perto de Aktau, nas margens do mar Cáspio, no oeste do Cazaquistão. 

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Avião pode ter sido abatido

Alguns especialistas militares e de aviação afirmaram que a aeronave, que sobrevoava uma área do Cáucaso russo onde foi relatado um ataque de drone, pode ter sido derrubada por um sistema russo de defesa antiaérea. Os buracos visíveis na fuselagem do avião são um dos elementos citados em apoio à teoria de que a aeronave teria sido derrubada. 

O blogueiro e especialista militar russo, Yuri Podoliaka, disse no Telegram que os buracos visíveis na fuselagem eram semelhantes aos que poderiam ser causados por "um sistema de mísseis antiaéreos". 

Um ex-especialista da agência francesa de investigação de acidentes aéreos (BEA) disse à AFP que parecia haver "muitos estilhaços" na fuselagem. Isto "lembra o MH17", disse ele sob condição de anonimato, referindo-se ao voo da Malaysia Airlines atingido por um míssil terra-ar sobre a Ucrânia em 2014, que matou 298 pessoas. 

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