OceanGate continua com anúncio de viagem ao Titanic mesmo após implosão de submarino
Portal da empresa tem duas datas livres para 2024, sendo ambas em junho
A empresa OceanGate segue com anúncio de expedições ao Titanic no site oficial. Apesar do submarino Titan implodir e matar cinco pessoas neste mês, o portal manteve duas datas disponíveis para visitar a famosa embarcação em 2024, sendo uma data entre 12 e 20 de junho, e a outra entre 21 e 29 de junho.
Na última quinta-feira (22), a Guarda Costeira dos Estados Unidos (EUA) concluiu que o submarino da OceanGate sofreu uma implosão. Esse fenômeno ocorre devido à esmagadora pressão da água exercida no fundo do oceano.
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No anúncio, o pacote da viagem é ofertado no valor de US$ 250 mil (cerca de R$ 1 milhão), incluindo acomodações privadas, refeições a bordo, o equipamento de expedição, assim como o mergulho submersível.
Os custos de hotéis, refeições antes da partida, e seguro de viagem devem ser bancados pelas próprias pessoas. Além disso, conforme o portal TMZ, a empresa entrega um contrato que isenta a responsabilidade da OceanGate em casos de acidentes.
O submarino pode receber até seis pessoas. A expedição dura oito dias, que inclui o translado de dois dias até o local do naufrágio do Titanic.
Desaparecimento de submarino
No último domingo (18), o submarino Titan, que fazia uma viagem aos destroços do Titanic, desapareceu. Na ocasião, o navio de pesquisa canadense Polar Prince perdeu contato com o submersível e estava atrasado na verificação das comunicações.
Ao todo, o veículo transportava cinco pessoas até os destroços do Titanic: o bilionário e explorador britânico Hamish Harding, de 58 anos; o empresário paquistanês Shahzada Dawood e o filho, Suleman Dawood, de 48 e 19 anos; o oceanógrafo francês Paul-Henry Nargeolet, de 73 anos; e o fundador da OceanGate Inc, Stockton Rush, de 61 anos.
Ex-funcionário relatou problemas
Em 2018, a partir de documentos obtidos, o ex-funcionário da OceanGate, David Lochridge, informou que o submersível apresentava problemas de "controle de qualidade e segurança".
Conforme Lochridge, os passageiros poderiam correr perigo caso o veículo atingisse por temperaturas mais profundas devido à pressão. A janela, ainda conforme o ex-funcionário, só aguentaria pressões de até 1,3 mil metros abaixo da superfície.