Trump deseja Feliz Páscoa a 'lunáticos da esquerda' e critica juízes

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou uma rede social para atacar integrantes da esquerda do país, juízes e o ex-presidente que o antecedeu, Joe Biden. Ele usou como "pano de fundo" a Páscoa, e criticou o que chamou de "trama árdua" para deixar que pessoas perigosas, na sua opinião, voltem aos Estados Unidos.

A declaração, feita neste domingo (20), repercute conflitos de sua administração com o Poder Judiciário do país em relação às deportações de imigrantes.

“Feliz Páscoa a todos, incluindo os lunáticos da esquerda radical que lutam e tramam arduamente para trazer assassinos, traficantes, prisioneiros perigosos, doentes mentais e conhecidos membros da gangue MS-13 e agressores de mulheres de volta ao nosso país”, postou Trump.

Em um ataque direto ao Poder Judiciário estadunidense, ele ironizou ao cumprimentar juízes.

“Feliz Páscoa também aos juízes e agentes da lei fracos e ineficazes que estão permitindo que este ataque sinistro à nossa nação continue, um ataque tão violento que jamais será esquecido”.

Acusações contra Joe Biden e sua política de migração

No mesmo post Trump se refere ao ex-presidente Joe Biden como alguém "sonoloneto" e que teria permitido a entrada de milhões de criminosos em solo americano, "totalmente sem controle e sem vigilância, por meio de uma Política de Fronteiras Abertas que entrará para a história como o ato mais calamitoso já perpetrado contra os Estados Unidos”.

“Ele (Biden) foi, de longe, nosso pior e mais incompetente presidente, um homem que não tinha a mínima ideia do que estava fazendo. Mas para ele, para a pessoa que comandou e manipulou a Auto Pen (talvez nosso verdadeiro presidente), e para todas as pessoas que trapacearam na eleição presidencial de 2020 para eleger esse idiota altamente destrutivo, desejo a vocês, com muito amor, sinceridade e carinho, uma Feliz Páscoa”, concluiu Donald Trump.

Ação da Suprema Corte um dia antes

No sábado (19), a Suprema Corte dos Estados Unidos, de forma temporária, barrou a deportação de venezuelanos imigrantes sujeitos à Lei de Inimigos Estrangeiros, de 1798. A diretriz permite monitorar, prender e deportar cidadãos de “países inimigos” de forma rápida e sem precisar seguir o devido processo legal das cortes migratórias.

“O governo está instruído a não remover nenhum membro da suposta classe de detidos dos Estados Unidos até nova ordem deste tribunal”, determinaram os juízes.

Por ordem da juíza distrital Paula Xinis o governo Trump deveria retirar o imigrante Kilmar Armando de uma prisão em El Salvador e levá-lo de volta para os EUA. Inclusive, no último dia 11, a Suprema Corte manteve a decisão da primeira instância. Porém, o homem segue preso em El Salvador.

Briga pública

Para justificar o motivo de não cumprir a determinação da Suprema Corte norte-americana, Trump também usou as suas redes sociais para mostrar uma suporta foto da mão de Kilmar, com uma tatuagem pertencente a MS-13 (gangue criminosa que nasceu na década de 80 em Los Angeles, Califórnia, para proteger os imigrantes salvadorenhos de outras gangues).

Esta é a mão do homem que os democratas acham que deveria ser trazido de volta aos Estados Unidos, porque ele é ‘uma pessoa tão boa e inocente’. Disseram que ele não é membro da MS-13, embora tenha a sigla MS-13 tatuada nos nós dos dedos, e dois tribunais altamente respeitados consideraram que ele era membro da MS-13, espancou a esposa, etc. Fui eleito para tirar pessoas más dos Estados Unidos, entre outras coisas. Preciso ter permissão para fazer o meu trabalho”.

Segundo o governo estadunidense, não há mecanismos legais para trazer o imigrante de volta após a deportação ter sido concluída.

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