'Líder da insurreição': presidente destituído da Coreia do Sul é processado após lei marcial
Ao ser processado, ele deve seguir detido por risco de destruição de provas

Promotores sul-coreanos decidiram, neste domingo (26), processar o presidente afastado Yoon Suk-Yeol por ser "líder de insurreição". A acusação ocorre após o chefe de Estado tentar — e falhar — em declarar lei marcial no país asiático.
A promotoria pediu ainda que ele siga detido até o julgamento, que deve ocorrer em até seis meses. A justificativa é o "risco contínuo de destruição de provas".
Veja também
Ainda segundo os promotores, a acusação de ser líder de uma insurreição não é coberta pela imunidade presidencial.
Os advogados do presidente sul-coreano negaram a acusação de insurreição.
Lei marcial
Yoon Suk-Yeol se tornou, em janeiro, o primeiro presidente em exercício da Coreia do Sul a ser preso. Antes disso, ele havia sofrido impeachment ainda em dezembro, logo após decretar a lei marcial — que suspende o governo civil.
A medida durou apenas seis horas, já que congressistas enfrentaram os soldados armados que faziam cerco no Parlamento, para não deixá-los entrar, e anularam a lei marcial. Na sequência, afastaram o presidente.
A prisão, no entanto, demorou semanas para acontecer, já que Yoon Suk-Yeol ficou cercada por uma equipe de segurança de elite na própria residência. Os agentes impediam as tentativas de detê-lo.
Além do julgamento por ser líder de insurreição, ele irá passar por audiências no Tribunal Constitucional para decidir se o impeachment será mantido. Caso seja, ele será formalmente destituído da presidência e novas eleições serão convocadas em 60 dias.