Guerra na Síria: onde está o presidente, quem são os rebeldes e quais os países envolvidos

O ditador Bashar al-Assad e sua família fugiram para a Rússia, onde conseguiram asilo após a invasão de rebeldes sírios em Damasco

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Diário do Nordeste/AFP producaodiario@svm.com.br
foto do palácio presidencial da Síria
Legenda: Palácio presidencial da Síria foi tomado por rebeldes
Foto: Omar HAJ KADOUR / AFP

Com os recentes ataques de rebeldes e a derrubada do ditador Bashar al-Assad neste fim de semana, a guerra na Síria se intensificou. O agora ex-presidente teve de deixar a capital síria Damasco e foi buscar asilo na Rússia, país que atuou como seu aliado nos mais de 20 anos de poder. 

Agências de notícias russas informaram neste domingo (8), que Assad e sua família estão em Moscou. "A Rússia lhes concedeu asilo por razões humanitárias”, disse uma fonte do Kremlin às agências de notícias TASS e Ria Novosti.

Bashar foi derrubado por uma ofensiva de uma aliança de rebeldes liderados por islamistas radicais. Desde o dia 27 de novembro, uma ofensiva relâmpago da oposição deixou, pelo menos, 910 pessoas mortas, incluindo 138 civis. 

Durante anos, o agora ex-líder sírio contou com alianças com a Rússia, o Irã e o movimento libanês Hezbollah para permanecer no poder.

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Quem são os envolvidos? 

Os rebeldes que alegam ter tirado al-Assad do poder da Síria são da Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, ou HTS). Eles são liderados por Abu Mohammed al-Jolani, de 42 anos

Os insurgentes chegaram a invadir a residência do embaixador italiano em Damasco, Antonio Tajani, mas ninguém ficou ferido, somente três carros foram roubados.

"Estamos pedindo uma transferência pacífica entre o regime caído e a nova realidade, portanto, uma transição pacífica em vez de militar. Parece-me que no momento as coisas estão indo nessa direção", declarou Tajani à BBC.

Neste domingo ainda, os rebeldes sírios "garantiram" a segurança das bases militares russas na Síria.

A Rússia está "em contato com representantes da oposição armada síria, cujos líderes garantiram a segurança das bases do exército russo e das instituições diplomáticas no território da Síria", declarou uma fonte às agências estatais TASS e Ria Novosti.

Recentemente, o líder do grupo declarou que o regime de Assad estava "morto" O grupo foi criado em 2012, e antigamente se chamava Frente al-Nusra, que se diziam "eficazes e mortais" na guerra contra o agora ex-presidente Bashar al-Assad. 

Presidente dos EUA celebra queda de Assad

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, celebrou a queda de Bashar al Assad na Síria, e afirmou que ela representa uma "oportunidade histórica" para os sírios.

Em um discurso na Casa Branca, Biden declarou que "a queda do regime é um ato fundamental de justiça" e uma "oportunidade histórica" para que os sírios "construam um futuro melhor", embora tenha alertado sobre os "riscos e a incerteza" decorrentes da situação.

 

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