Avanço da variante Ômicron aumenta restrições sanitárias na Europa

Países voltaram a determinar o cancelamento de eventos públicos, restrições em viagens e e em estabelecimentos comerciais

Escrito por Diário do Nordeste e AFP ,
covid na europa
Legenda: França restabeleceu a obrigação de se apresentar "motivos urgentes" aos viajantes procedentes do Reino Unido
Foto: Tolga Akmen/AFP

A menos de uma semana do Natal e frente ao avanço da variante Ômicron do coronavírus, restrições de todo o tipo voltam a se multiplicar pelo mundo. Cancelamento de eventos ou o fechamento de estabelecimentos culturais já são uma realidade, por exemplo, na Europa, onde há uma pressão sobre os não vacinados contra a Covid-19. 

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Identificada há um mês na África do Sul, esta nova cepa já foi detectada em cerca de 80 países e avança, de forma acelerada, em cidades e países europeus, onde pode se tornar dominante em meados de janeiro.

Com a chegada das festas de fim de ano, vários países europeus reforçaram as medidas sanitárias, ou vão fazer isso em breve.

Alemanha

A Alemanha anunciou que acrescentou o Reino Unido à categoria mais alta de áreas com risco de contágio por covid-19, o que representa várias restrições de viagem. 

A decisão, que entrou em vigor à meia-noite desse domingo (19), veio em resposta à rápida disseminação da variante Ômicron em solo britânico. A Alemanha já havia classificado a Dinamarca e a França como áreas de risco.

França

Na França, o governo pediu às prefeituras que cancelem shows e fogos de artifício programados para a noite de Ano Novo. A cidade de Paris reagiu imediatamente e anunciou, no sábado (18), que não haverá as tradicionais celebrações na Champs Elysées. 

O país também restabeleceu a obrigação de se apresentar "motivos urgentes" aos viajantes procedentes ou que tenham o Reino Unido como destino. 

Alguns países da União Europeia (UE), como Irlanda, Portugal, Itália e Grécia, exigem que os viajantes europeus, incluindo os vacinados, apresentem um teste negativo para covid-19. 

Irlanda

Bares e restaurantes da Irlanda passaram a fechar às 20h locais, a partir desse domingo (19). A medida ficará em vigor até o final de janeiro. 

Dinamarca

Já a Dinamarca fechará por um mês, também a partir de amanhã, teatros, cinemas, casas de shows, parques de diversões e museus. Na sexta-feira (17), o país registrou um recorde de 11 mil novos casos de Covid-19, dos quais 2.500 eram da variante ômicron.

Holanda

A Holanda ordenou o fechamento, a partir de domingo (19), de todos os comércios não essenciais, restaurantes, bares, museus e teatros, medida válida até 14 de janeiro. Escolas, por sua vez, poderão reabrir a partir do dia 9.

E as residências holandesas só têm permissão para receber duas visitas por vez, exceto pelo dia do Natal. 

Pressão sobre não vacinados

As medidas chegam acompanhadas de pressões crescentes sobre as pessoas ainda não vacinadas, que vão, em alguns casos, além da obrigação de se imunizar contra o coronavírus. 

Em Los Angeles,  todos os funcionários da prefeitura, incluindo policiais e bombeiros, que não tenham recebido uma isenção por motivos médicos, ou religiosos, deverão estar vacinados a partir deste sábado, sob pena de serem colocados em licença administrativa.

De acordo com os serviços da prefeitura, pouco mais de 43.800 dos servidores, ou 79% do total, estavam em dia com a cartela de vacinação esta semana. 

A obrigatoriedade de vacinação foi fortemente contestada por alguns policiais e bombeiros que recorreram à Justiça para tentar suspender a medida. 

Na sexta-feira , um tribunal federal americano restabeleceu a vacinação obrigatória para funcionários de grandes empresas, conforme solicitado pelo governo. Esta medida havia sido suspensa em novembro por um tribunal de apelações do Texas.

 

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