Quarto suspeito da morte de Sara Mariano confessa crime à Polícia Civil; veja o que se sabe
Victor Gabriel de Oliveira foi responsável por segurar a vítima enquanto ela era esfaqueada
Um quarto suspeito de participar do homicídio da cantora gospel Sara Mariano, 35, confessou o crime à Polícia Civil da Bahia nessa quinta-feira (16). Victor Gabriel de Oliveira, como foi identificado o investigado, só não ficou preso no mesmo dia porque não havia mandado de prisão contra ele. Informações são do G1.
O advogado de Victor, Marco Pavã, afirmou que seu cliente e Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como Bispo Zadoque, receberam R$ 2 mil para assassinar a cantora a mando do marido dela, Ederlan Mariano.
Victor havia participado de uma acareação com outros dois suspeitos do crime presos nesta semana — Bispo Zadoque e Gideão — e se apresentou depois, espontaneamente, na delegacia de Dias D'Ávila, na Região Metropolitana de Salvador. À Polícia, o suspeito confirmou o envolvimento na morte da cantora, com quem frequentava a igreja, e disse ser amigo de Bispo Zadoque.
Pela cronologia do crime, Gideão levou Sara até o local combinado para o assassinato, Victor segurou a vítima e Bispo Zadoque a esfaqueou. O advogado Marco Pavã afirmou que a motivação teria sido uma traição por parte de Sara. Ederlan não teria aceitado a infidelidade e, por isso, teria mandado matar a mulher, como vingança.
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Relembre o caso
Sara Mariano foi encontrada morta no dia 27 de outubro, poucos dias após ser dada como desaparecida. O corpo dela estava carbonizado, à beira da rodovia BA-093, próximo à entrada de Dias D'Ávila, e foi reconhecido pelo esposo, Ederlan, que se tornou o principal suspeito do crime.
Dias antes, Ederlan havia ido às redes sociais se mostrar preocupado com o sumiço da pastora que, supostamente, teria ido a um encontro de mulheres promovido por uma igreja em Dias D'Ávila. Contudo, a Polícia descobriu que, naquele dia, não houve nenhum evento religioso do tipo na cidade, especialmente com a presença de Sara, e foi aí que família, amigos e colegas de trabalho da cantora começaram a questionar a versão apresentada pelo marido.
As suspeitas de que Ederlan estava envolvido no desaparecimento e na morte da cantora se intensificaram quando a irmã da vítima, Soraya Correia, desconfiada do cunhado, compartilhou um áudio em que Sara dizia ter flagrado uma conversa no celular entre o marido e um traficante de drogas, na qual ele mostrava interesse em adquirir uma arma. Ela também disse que a pastora teria dito para a mãe, Dolores Freitas, que tomaria uma decisão importante no dia em que desapareceu.
Além disso, familiares e amigos de Sara afirmaram que a relação entre os dois era abusiva, que as brigas estavam cada vez mais constantes e que Ederlan, além de ser agressivo e possessivo, já havia chegado a violentar sexualmente a esposa.
Ederlan foi preso na madrugada de 28 de outubro e confessou o crime à Polícia.