SUS incorpora três novos medicamentos para tratamento de micoses; veja quais
Juntos, os fármacos demandam o investimento de mais de R$ 36 milhões
O Sistema Único de Saúde (SUS) irá incorporar três novos medicamentos para tratamento de micoses endêmicas: os antifúngicos voriconazol, isavuconazol e anidulafungina.
Segundo anunciou nesta quinta-feira (28) o Ministério da Saúde, o investimento de mais de R$ 36 milhões considera a necessidade de tratamentos mais efetivos para essas infecções e de ampliar o acesso às novas terapias disponíveis.
O remédio mais caro a ser comprado é o isavuconazol, que demanda, inicialmente, R$ 26,6 milhões. O fármaco é utilizado no tratamento de pacientes com mucormicose, uma infecção de alta letalidade e que, se não tratada, chega a 100% de mortalidade. Os fungos que transmitem essa infecção podem ser encontrados em resíduos orgânicos em decomposição, como pães, frutas, alimentos contaminados e fezes de animais. O homem pode ser infectado por inalação, inoculação ou ingestão de esporos.
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Já o segundo medicamento mais caro é o voriconazol, que custa mais de R$ 7,8 milhões. O remédio é administrado a pacientes com aspergilose invasiva, doença ocorre quando o fungo filamentoso do gênero Aspergillus entra no organismo humano por inalação de esporos. A estimativa é de que, no Brasil, por ano, ocorram aproximadamente 2,4 mil casos do tipo.
O terceiro medicamento, anidulafungina, é tido como revolucionário no tratamento de pacientes com candididemia e outras formas de candidíase. Para a compra dele, serão investidos R$ 2 milhões.
Segundo o Governo, atualmente, ocorrem 2,5 casos de candidemia para cada mil internações hospitalares. A doença é uma infecção invasiva do sangue, que tem sido diagnosticada frequentemente em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), devido ao aumento do número de pacientes imunocomprometidos, como transplantados, diabéticos, portadores de HIV/Aids e outros.
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Doenças podem levar à morte
Micoses endêmicas podem ser graves e algumas têm mortalidade elevada no Brasil, especialmente quando o tratamento aplicado não é o apropriado.
Segundo o Ministério da Saúde, sintomas variam de acordo com o tipo da micose e com a imunidade do paciente, mas costumam ser de uma simples lesão na pele até quadros graves com comprometimento sistêmico que podem levar à morte.