Polícia Federal investiga fraudes bancárias de pelo menos R$ 4 milhões em Horizonte
Suspeitos destinavam recursos de clientes de bancos para contas de "laranjas"
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (10), cinco mandados de busca e apreensão e outros três de prisão preventiva contra suspeitos de envolvimento de fraudes bancárias no município de Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza. O esquema criminoso teria movimentado mais de R$ 4 milhões.
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A ofensiva integra a operação "Pinheiro Azul", que também executa as ordens judiciais em imóveis de Fortaleza e do Eusébio. Estão em campo 25 agentes federais para apreender documentos e mídias que serão incluídos no inquérito policial.
As buscas também objetivam a "individualização da atuação dos suspeitos, participação de terceiros e interpostas pessoas, ou laranjas, bem como levantamento integral de prejuízos investigados", diz nota da PF.
Dos três mandados de prisão preventiva, dois já foram cumpridos até a publicação desta matéria. Os policiais trabalham para localizar uma "terceira suspeita foragida".
Fraudes
Segundo a PF, as investigações tiveram início em 2020, quando os agentes obtiveram indícios de fraudes em contas bancárias com valores transferidos para contas de suspeitos em Horizonte.
Os suspeitos utilizavam-se de vulnerabilidade em um modelo de aparelho celular das vítimas para cometer os crimes, com mecanismos ilícitos para destinação de recursos de clientes de bancos vítimas para as contas bancárias de outros envolvidos, possivelmente "laranjas" usados por esta associação criminosa alvo dos mandados na operação policial.
A organização criminosa poderá responder por crimes de furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro com penas de até 21 anos de prisão. Enquanto isso, os investigados tiveram valores bloqueados nas contas bancárias.
"O nome da operação remete ao identificador de uma rede wi-fi de um dos investigados. As investigações continuam, com análise do fluxo financeiro dos suspeitos e do material apreendido", explica a PF.