Mulher que teve 80% do corpo queimado por ex-companheiro segue intubada em Fortaleza

A vítima, de 34 anos, saiu da ala vermelha do IJF

Escrito por Redação ,
Talita Lopes Falcão
Legenda: Talita Lopes Falcão, de 34 anos, teve corpo queimado pelo ex-companheiro
Foto: Reprodução

Talita Lopes Falcão, que teve 80% do corpo queimado ao ser atacada pelo ex-companheiro, em Fortaleza, segue intubada. Ela apresentou leve melhora e foi transferida da ala vermelha para a amarela do Instituto Dr. José Frota (IJF).

A informação foi confirmada nesta quarta-feira (14) pela irmã da vítima, Natália Lopes Falcão, ao Diário do Nordeste. Ela ressalta que o estado de saúde de Talita, de 34 anos, segue muito delicado

O crime ocorreu na noite de segunda-feira (12) no bairro São Gerardo. O suspeito foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio e teve a prisão convertida em preventiva

A família tem esperanças de que a vítima melhore, mas segue bastante abalada com o crime. A vítima era ameaçada e chegou a entrar com pedido de medida protetiva contra o ex-companheiro, que passou a vigiar a ex-mulher na porta do trabalho dela e em casa.

"Estou com o coração dilacerado, estou arrasada, em choque. É como se eu tivesse em um pesadelo, que a ficha não tivesse caído. Eu, minha mãe, meu irmão e amigos estamos em choque", lamenta Natália.

Suspeito não aceitava fim do relacionamento

Talita e o suspeito estavam separados há um ano, mas ele não aceitava o fim do relacionamento, segundo a advogada da vítima, Mariana Diniz. Eles tinham uma filha de 4 anos.

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A defesa acredita que o crime tenha sido premeditado, uma vez que foram encontradas cartas no carro dirigido pelo suspeito. "Tinha uma carta de próprio punho e duas digitadas dizendo que ele ia tirar a vida dela e a dele, pois não tinha mais porque viver", apontou a advogada.

Natália aponta que a irmã, em diversos momentos, teve medo de denunciar o ex-companheiro por causa da filha. Ela aponta ainda que o suspeito chegou a ameaçar a família toda de Talita.

"Diversas vezes ela relatou situações de ameaças, coisas pesadas, como ele falar que ia tacar fogo na casa e na gente", afirmou. 

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