Dois animadores de trenzinho são liberados pela Justiça; 'Homem-Aranha' deve permanecer preso
A Justiça considerou o grau de periculosidade dos suspeitos na decisão
O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) decidiu, nesta quarta-feira (15), que dois dos três animadores de trenzinho presos com armas de fogo e coletes balísticos no bairro Vicente Pinzon, podem deixar a prisão. Eles foram capturados na última segunda-feira (13). Os três trabalhavam fantasiados de Lanterna Verde, Batman e Homem-Aranha em um trenzinho que circula pela orla da Capital.
Na decisão, a juíza Carla Susiany, da 17ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza, alega que Nailson de Sousa Gomes, o 'Homem-Aranha', é integrante de uma facção criminosa e considerado de alta periculosidade e, por isso, deve continuar preso. Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Já Almeida Balbino de Souza, o 'Lanterna Verde', e Almino Silva Souza, 'Batman', podem responder pelo crime em liberdade, mas precisam cumprir medidas cautelares como o pagamento de fiança. Os três foram autuados em flagrante pela delegada-adjunta do 9º DP, Malake Waked Tanos, por porte ilegal de arma de fogo.
Uma equipe da Polícia Militar (PM) capturou o trio depois de receber uma denúncia anônima sobre tráfico de drogas em uma residência no bairro Vicente Pinzon. Ao chegar ao local, os PMs identificaram os suspeitos e encontraram um revólver calibre 38, com três munições, e três coletes à prova de balas enterrados no quintal. Dois deles conseguiram fugir, mas foram capturados logo depois pelos agentes de segurança.
De acordo com Tanos, durante a captura a população tentou tomar um preso dos policiais, atirando pedras na equipe. Nailson de Sousa, Almeida Balbino e Almino Silva foram autuados por porte ilegal de arma de fogo.
Medidas cautelares
Dentre as determinações para os dois que podem deixa a prisão, estão o pagamento de fiança no valor de cinco salários mínimos (R$ 4.990), uso de tornozeleira eletrônica, estar dentro de casa entre 20h e 6h diariamente e comparecer mensalmente à Central de Alternativas Penais.