Acusado revela detalhes do crime

Escrito por Redação ,
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Ao depor na DAS, homem confirma que a vítima o contratou para matá-la, em troca de um laptop e R$ 500,00

“Não matei para roubar. Matei porque ela me pagou. Dei dois tiros nela. Ela me pagou com o computador (notebook), quinhentos reais e me deu também a arma do crime, um revólver. Não estou arrependido”. A declaração, com frieza, partiu do homem acusado de ter assassinado a comerciária Lidiana Severo de Oliveira, 32, cujo corpo foi encontrado, na manhã de terça-feira passada, dentro de seu carro importado, numa estrada de terra na localidade de Tabuleiro Grande, em Caucaia.

Durante toda a noite de terça-feira passada e a madrugada de ontem, Ricardo do Nascimento Alcântara, 40, o ´Ricardo Moitero´, prestou depoimento aos delegados Andrade Júnior e Antônio Pastor, da Divisão Anti-Seqüestro (DAS), da Polícia Civil. Ele foi localizado depois de uma investigação sigilosa comandada pessoalmente pelo tenente-coronel Ronaldo Viana, chefe da Inteligência do Comando-Geral da Polícia Militar (PM).

Na hora da prisão, os policiais encontraram com Ricardo, a arma do crime, dinheiro e o celular da vítima. Já na manhã de ontem, em uma casa na ‘Comunidade Favelinha’, no Lagamar, os inspetores da DAS encontraram outros objetos que pertenceriam a Lidiana. Um notebook, um relógio, um colar, par de brincos e anéis.

Os objetos teriam sido entregues por ‘Ricardo Moitero’ a um homem, cujo nome não foi revelado pela Polícia.

Testemunhas

De acordo com o delegado Pastor, o acusado apresentou uma versão para o crime e agora o “trabalho da Polícia é confirmar ou não essa versão”. Para isso, conforme Pastor, os policiais estão tentando localizar as testemunhas que, segundo o acusado, teriam presenciado a negociação entre ele e Lidiana, momento antes do crime.

Para o delegado, as testemunhas podem confirmar se houve realmente o diálogo entre a vítima e o acusado com a proposta dela para que ele a matasse em troca do dinheiro e do objetos já apreendidos.

Além disso, Pastor salienta que outras teses estão sendo investigadas pelos inspetores da DAS. “Estamos trabalhando para descobrir o que aconteceu, se foi um homicídio, latrocínio, ou outro crime”. De acordo com o policial, a família ressaltou que Lidiana era uma pessoa alegre e que não tinha motivos para tirar a própria vida e nem pedir que alguém fizesse”.

Emerson Rodrigues
Repórter




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