PM é investigado por divulgar fotos íntimas de ex-namorada em grupo no WhatsApp no Ceará

A Polícia Civil e a Controladoria Geral de Disciplina investigam o caso

Escrito por Messias Borges , messias.borges@svm.com.br
A portaria que instaurou uma Sindicância Disciplinar contra o cabo da Polícia Militar do Ceará foi publicada no Diário Oficial do Estado da última sexta-feira (19)
Legenda: A portaria que instaurou uma Sindicância Disciplinar contra o cabo da Polícia Militar do Ceará foi publicada no Diário Oficial do Estado da última sexta-feira (19)
Foto: Fabiane de Paula

Um policial militar é investigado pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) e pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) por suspeita de divulgar fotos íntimas da ex-namorada em um grupo, na rede social WhatsApp.

A portaria que instaurou uma Sindicância Disciplinar contra o cabo da Polícia Militar do Ceará (PMCE) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última sexta-feira (19). A reportagem não publicará o nome do PM para preservar a identidade da vítima.

Conforme documentos obtidos pelo Diário do Nordeste, o militar teria enviado fotografias da ex-namorada seminua e tomando banho, em um grupo do WhatsApp de uma turma de uma faculdade, que suspeito e vítima integravam, no dia 5 de março de 2022.

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Crime é investigado há mais de 2 anos

Além do processo administrativo, o policial militar é investigado em um Inquérito Policial, pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza, da Polícia Civil, desde maio de 2022.

Os policiais civis apuram, há mais de 2 anos, o cometimento dos crimes de registro não autorizado da intimidade sexual, com pena de 6 meses a 1 ano de detenção; divulgação de cena de sexo ou pornografia, com pena de 1 a 5 anos de reclusão; e violência doméstica contra a mulher, com pena de 1 a 4 anos de reclusão.

A reportagem apurou que, no dia 19 de fevereiro deste ano, o 1º Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher prorrogou o prazo do Inquérito Policial por mais 60 dias. Entretanto, passados 154 dias corridos até esta segunda-feira (22), ainda não houve movimentação no processo criminal.

Ainda conforme documentos obtidos pelo Diário do Nordeste, o Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu à Justiça Estadual pela prorrogação do prazo da investigação, para a Polícia Civil intimar e ouvir duas testemunhas apontadas pela vítima, para maiores esclarecimentos sobre o caso.

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