Internet clandestina: técnico é detido após vender equipamento furtado para Comando Vermelho
A prática vem se tornando recorrente no Ceará
Um técnico de telecomunicações foi conduzido à delegacia por policiais militares em Fortaleza, nesta quinta-feira (21), sob suspeita de negociar equipamentos furtados com a facção criminosa Comando Vermelho (CV). Os equipamentos recuperados, chamados 'fontes' seriam utilizados pelo grupo criminoso em provedores de internet 'clandestina' nas periferias da capital cearense.
O Diário do Nordeste apurou que o suspeito é Marcos Paulo de Oliveira, ex-funcionário de grandes empresas de telecomunicação. A prisão aconteceu no bairro Bom Jardim, feita pelos agentes do 17º Batalhão de Policiamento Militar.
[ATUALIZAÇÃO às 18h05]
Anteriormente a reportagem havia apurado que o suspeito tinha sido preso. Mas ele e outro homem, proprietário de uma lan house onde estavam os equipamentos, foram levados à delegacia, ouvidos e liberados.
Há informações que apontam que Marcos já teria negociado pelo menos três 'fontes' junto à facção carioca. Cada aparelho furtado repassado teria custo de R$ 10 mil.
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No total, 20 equipamentos foram apreendidos nesta quinta-feira (21).
A Polícia Civil do Ceará (PCCE) confirmou que investiga um furto de fontes de transmissores utilizados em sistemas de telecomunicações ocorrido, na tarde desta quinta-feira (21), no bairro Bom Jardim.
"Um inquérito policial foi instaurado para subsidiar a investigação, que é conduzida pelo 32° Distrito Policial", segundo nota da PCCE.
PRÁTICA RECORRENTE
Em julho deste ano, a reportagem noticiou que facções criminosas vêm comercializando internet clandestina com equipamentos furtados no Ceará.
Na época, só neste ano, já tinham sido registrados furtos de 'fontes' do tipo APM (equipamentos de internet) nas cidades de Maracanaú, Pindoretama, Caucaia, Pacajus, Mulungu e Beberibe.
A Polícia destaca que a população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As informações podem ser direcionadas para o número 181, o Disque-Denúncia da SSPDS ou (85)3101-0181, que é o número de WhatsApp.