Trecho do desvio da BR-116 fica pronto em maio

O novo trecho da BR-116, de 25 km de extensão, que está sendo construída pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), através da construtora EIT, para o desvio do trecho (entre os quilômetros 252 e 274) deverá ficar em condições de trafegabilidade no final de abril e início de maio. As obras estão sendo reiniciadas para a conclusão da primeira fase.

Nessa fase de construção do trecho, a construtora deixará a estrada com uma sub-base (formada de cascalho de maior resistência), de 25 centímetros de altura. O revestimento asfáltico será feito posteriormente, com a previsão do trecho ficar totalmente concluído em outubro próximo. Na primeira fase, o Dnocs investirá cerca de R$ 1,5 milhão.

A variante abrange os municípios de Iracema, Alto Santo e Jaguaribe), no trecho que será inundado pela bacia do açude Castanhão (quando alcançar a cota de 77 metros acima do nível do mar, a cota de ontem, segunda-feira, dia 31, era de 74,71 metros, o equivalente a 450 milhões de metros cúbicos).

As obras de construção da variante foram visitadas recentemente pelo diretor-geral do Dnocs, Eudoro Santana, que percorreu quase todos os 25 km do novo trecho, inclusive o local onde está sendo construída a ponte de 200 metros de extensão sobre o Riacho do Meio. Acompanhado dos diretores Célio Augusto Tavares e Sales (Infra-Estrutura Hídrica) e Leão Montezuma (Desenvolvimento Tecnológico e Produção), Eudoro ouviu explicações de engenheiros e técnicos da construtora sobre o andamento das obras.

Um trecho de 2,5 km que estava sem terraplanagem porque a família do Sr. José Valter Diógenes, dona dessa parte das terras por onde o desvio passará, impediu o acesso de máquinas e caminhões da construtora, já está sendo iniciado. A família reivindicava a construção de um bueiro-barragem, cuja construção custa R$ 200 mil, quase 20 vezes mais do que o valor da indenização.

A nova diretoria do Dnocs retomou o diálogo com os familiares, e convenceu-os de que a obra é de interesse público e vai beneficiar não somente aquela região, mas todo o Estado e o principal objetivo é manter a normalidade do tráfego entre o Ceará outros Estados do Nordeste, do Sudeste e Sul do País.