São João aquece vendas de fogos

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Redação producaodiario@svm.com.br
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Foto: Francisco Demontier
Juazeiro do Norte (Sucursal) — A venda de fogos de artifício começou a aquecer durante esta semana. Desde o início de maio, dezenas de vendedores ambulantes ocupam as laterais da Praça José Geraldo da Cruz. Trata-se da maior feira livre de fogos do Interior cearense, guardando uma tradição de quase 20 anos no local. São famílias que se juntam na atividade após trocar o ramo de joalheria para faturar mais, nessa época do ano, com a venda de fogos.

Quando passa o São João, elas voltam para as bancas em derredor do Santuário Diocesano de Nossa Senhora das Dores para comercializar bijuterias. Um deles é Francisco de Assis Lopes, 27 anos, casado e pai de dois filhos. Há dez anos que o mesmo alterna a venda de jóias semi-preciosas e fogos de artifício. Antes da mudança, o ambulante cumpre o ritual de conseguir autorizações junto à Prefeitura de Juazeiro do Norte, Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente e Corpo de Bombeiros.

Quando foi a uma das fogueterias comprar os produtos se surpreendeu com a manutenção dos mesmos preços do ano passado e até alguns mais baratos. Assis cita o caso de um fardo com 20 pacotes de dez tubos de traque de salão que caiu de R$ 80,00 para R$ 65,00. Com relação aos artigos “encaixados” que vêm principalmente do Estado de Minas Gerais, o ambulante avisa que houve aumento. Uma caixa de fogos vulcão com duas unidades, por exemplo, passou de quatro para R$ 5,50.

No plano local, Assis alega que os fogueteiros estão se queixando das restrições na venda de material para fabricação dos produtos como bombas, traques, chuvinhas e outros. “Cada dono de oficina só está podendo comprar junto aos fornecedores cinco quilos de clorato o que não atende a demanda”, declara. Ele observa que muitos fabricantes estão praticamente parados por falta de material e teme a possibilidade da falta de explosivos.

Quanto ao volume de vendas, Assis espera repetir os números do ano passado, mas já está de olho em 2006, que é ano de Copa do Mundo e, consequentemente, de melhores negócios. A competição é disputada no mesmo tempo das quadrilhas juninas, dos forrós, comidas e bebidas típicas, fogueiras, crendices, balões e arraiás. A cada gol da Seleção Brasileira, mais dinheiro queimado com fogos e a alegria dupla dos vendedores ambulantes.