Obras do Centro de Apoio ao Romeiro continuam em ritmo lento
A obra do Centro de Apoio ao Romeiro, neste município, continua em ritmo lento. Um dos motivos, conforme o Secretário de Infra-Estrutura do município, Mário Bem Filho, é a entrada do novo governo do Estado. Até o momento nesta etapa da obra, paralisada por quatro vezes nos últimos dois anos, estão trabalhando apenas 20 homens na parte da cobertura e boxes. A previsão era inaugurar a primeira etapa, com a entrega dos boxes, no início do mês de dezembro último. O espaço receberá o nome de Monsenhor Murilo de Sá Barreto.
Com orçamento total ainda indefinido, o secretário calcula que já foram gastos cerca de R$ 12 milhões no empreendimento, composto pela área das vendas e um anfiteatro, para cerca de 20 mil pessoas. O espaço será destinado aos grandes eventos religiosos. No local, haverá toda a parte administrativa e de infra-estrutura, com estacionamento. Com essa área a ser concluída, deverão ser gastos mais R$ 25 milhões, conforme calcula Mário Bem. A previsão agora é entregar toda a obra no próximo mês de julho, período de romaria e aniversário de morte do Padre Cícero.
O Centro de Apoio é uma parceria dos governos estadual e federal, com empréstimos do Banco Mundial. O espaço é um prolongamento da praça dos romeiros, onde foi iniciada a idéia de construção do grandecomplexo, garantindo maior estrutura às romarias. Desde 1988, durante a administração do prefeito Manoel Salviano, foi iniciado o trabalho. Conforme Mário Bem, foi gasto muito dinheiro, por ser uma área de brejo. Houve prolongamento da rua São Pedro e aterramento da área. ?Por isso, foi tão caro o início da obra?, justifica. Há cálculos de pelo menos R$ 100 milhões gastos em quase 20 anos de investimento numa obra em que há dúvidas quanto ao seu final nesta administração. O secretário garante ser esse cálculo um exagero. ?Não se chegou a tanto?, afirma.
Um dos grandes problemas está relacionado à construção é à adequação do espaço aos vendedores, hoje concentrados na Praça dos Romeiros, em volta da igreja. A situação tem sido motivo de polêmica a cada romaria, pelo aumento no número de camelôs comercializado, inclusive, bebida alcoólica. Essa questão foi um dos pontos debatidos durante recente reunião da 'Operação Romeiro', realizada para o planejamento da romaria de Nossa Senhora das Candeias, a ser iniciada oficialmente no dia 29 de fevereiro. Inclusive, com a concentração de crianças e adolescentes nas barracas.