MPCE já notificou 46 municípios para monitorar e garantir estoque de oxigênio

A possibilidade de faltar o principal insumo necessário na atual crise sanitária virou alerta em várias localidades nas últimas duas semanas

Escrito por Renato Bezerra ,
Oxigênio
Legenda: Segundo o MPCE, alguns municípios não possuem equipamentos adequados ao atendimento, como tanques de oxigênio
Foto: MPCE

O aumento de casos de Covid-19 no Estado e a demanda crescente por oxigênio medicinal levou o Ministério Público do Ceará (MPCE) a notificar pelo menos 46 municípios a fazerem o devido controle de seus estoques. 

A possibilidade de faltar o principal insumo necessário na atual crise sanitária virou alerta em várias localidades nas últimas duas semanas.

Procuradoria Geral de Justiça participa de uma reunião emergêncial, na tarde desta segunda-feira (8), com gestores municipais e empresas fornecedoras de oxigênio, a fim de encontrar soluções. 

Segundo o promotor de justiça Enéas Romero, a primeira cidade a ter escassez do oxigênio foi Maranguape, problema sanado com intervenção da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Eusébio, São Gonçalo do Amarante e Ocara, segundo ele, também passaram por dificuldades. 

Conforme diz, a empresa White Martins - principal fornecedora no Estado - tem estoque do insumo garantido, mas o problema acontece porque empresas menores, assim como os próprios municípios, não se prepararam devidamente para o aumento da demanda. 

"Essa crise vem desde o ano passado. É surpreendente que não tenham se preparado. Não faz sentido o município descobrir que vai faltar oxigênio horas antes de acabar. Se esse consumo vem aumentando, ele tem que monitorar e garantir o estoque", afirma.

O problema também decorre, acrescenta Romero, pela ausência de equipamentos adequados ao atendimento, como tanques de oxigênio. "Muitos não estruturam seus hospitais adequadamente, têm apenas balões, que possuem menor capacidade". 

A reunião também deve discutir soluções para garantia de outros insumos, como kits de intubação, sedação, além de medicamentos necessários ao tratamento de pacientes com Covid-19. 

"É importante lembrar que essa é uma responsabilidade dos prefeitos, do secretário de saúde do município, e dos diretores de hospitais, que precisam fazer esse controle", destaca o promotor. 

Veja também

 

 

 

Assuntos Relacionados