Morre ferreiro fabricante das facas da “Barra do Jardim”
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Redação
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Crato (Sucursal) — Morreu Paulo Pereira, por complicações cardíacas, o mais famoso ferreiro fabricante das conhecidas facas da Barra do Jardim. O sepultamento foi realizado ontem na cidade de Jardim, sua terra natal. Filho do Ferreiro José Pereira, que fabricava faca e punhal para o grupo de Lampião, Paulo Pereira seguiu a mesma profissão do pai. As facas ou punhais feitos de mola de carro, com cabo de chifre e latão e uma moeda de cruzado ganharam o mundo como uma obra de arte. Paulo Pereira foi objeto de reportagens em jornais e televisões de todo o Brasil.
Com sua oficina instalada, nas proximidades da Asa, na saída do Crato para a Batateira, Paulo Pereira não esqueceu a sua terra natal. Na frente da oficina estava escrito: “Feitor de faca. Oficina de Ferreiro Barra do Jardim”. Era uma referência ao antigo nome da cidade de Jardim, sua terra natal. Ali, na velha oficina, Paulo conservava os instrumentos de trabalho do pai, José Pereira, por quem tinha muita admiração, mantendo, por exemplo, o velho fole que fabricava as facas para o grupo de Lampião.
Além de facas, Paulo Pereira fabricava foices, alavancas, roçadeiras e, principalmente, ferros de marcar gado. Quando terminava de fazer um ferro, esquentava no fogo do fole e marcava uma das portas de madeira. Hoje, uma dessas mortas, com marcas de ferros das chamadas “ribeiras” do Cariri, está exposta no Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar, em Fortaleza, como símbolo de uma das mais marcantes tradições do interior.
Doente com quase 80 anos, Paulo Pereira fechou a oficina há cinco anos. O trabalho insalubre de ferreiro aposentou compulsoriamente o velho Paulo que, por diversas vezes, tentou voltar para enfrentar a bigorna e o martelo, mas o peso da idade não permitiu. Com a morte dele, fecha-se uma página importante da história do cangaço e da arte popular. Para o cronista e historiador Napoleão Tavares Neves, Paulo Pereira foi um dos mais autêntico representante de uma geração de ferreiro que, infelizmente, está chegando ao fim.
Com sua oficina instalada, nas proximidades da Asa, na saída do Crato para a Batateira, Paulo Pereira não esqueceu a sua terra natal. Na frente da oficina estava escrito: “Feitor de faca. Oficina de Ferreiro Barra do Jardim”. Era uma referência ao antigo nome da cidade de Jardim, sua terra natal. Ali, na velha oficina, Paulo conservava os instrumentos de trabalho do pai, José Pereira, por quem tinha muita admiração, mantendo, por exemplo, o velho fole que fabricava as facas para o grupo de Lampião.
Além de facas, Paulo Pereira fabricava foices, alavancas, roçadeiras e, principalmente, ferros de marcar gado. Quando terminava de fazer um ferro, esquentava no fogo do fole e marcava uma das portas de madeira. Hoje, uma dessas mortas, com marcas de ferros das chamadas “ribeiras” do Cariri, está exposta no Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar, em Fortaleza, como símbolo de uma das mais marcantes tradições do interior.
Doente com quase 80 anos, Paulo Pereira fechou a oficina há cinco anos. O trabalho insalubre de ferreiro aposentou compulsoriamente o velho Paulo que, por diversas vezes, tentou voltar para enfrentar a bigorna e o martelo, mas o peso da idade não permitiu. Com a morte dele, fecha-se uma página importante da história do cangaço e da arte popular. Para o cronista e historiador Napoleão Tavares Neves, Paulo Pereira foi um dos mais autêntico representante de uma geração de ferreiro que, infelizmente, está chegando ao fim.