Livro faz o registro histórico de paróquias
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O livro ´Rastros de uma caminhada´ conta como eram as paróquias da Diocese de Crateús e como se estruturam hoje
Fortaleza. “Rastros. São passos de uma longa caminhada que já se estende por mais de 40 anos. São rastros luminosos que apontam para uma Igreja que pretendia ser popular e libertadora e que, no seu crescimento, quer ser uma Igreja a serviço da vida, sinal e anúncio do reino, a partir da realidade dos excluídos”. Estas são as primeiras palavras do padre José Helênio Oliveira Pereira ao iniciar seu livro “Rastros de uma caminhada”. O objetivo do sacerdote, ao escrevê-lo, é mostrar o passado e o presente da história das paróquias que fazem parte da Diocese de Crateús, ao todo 12. “A obra é para tratar um pouco do passado e do presente da Diocese, coisas que ficam esquecidas se não forem lembradas”, destacou.
Um outro aspecto que padre José quer com a sua obra é mostrar que as lições adquiridas há vários anos podem influenciar em um futuro melhor e mais próspero. E, para isso, no livro, ele descreve e cita como era realizado o movimento das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). “Animados por algumas equipes paroquiais de catequese, pela Cáritas, pelo Movimento de Educação de Base (MEB), as Comunidades iam respondendo aos apelos do momento, ao sopro renovador do Espírito Santo, a grande alma do Concílio Vaticano II”, diz o padre no livro.
Para escrever a obra, o sacerdote juntou textos de inúmeras pessoas, consultou documentos seculares redigindo histórias que aconteceram ao longo de 40 anos. De acordo com ele, fazer o levantamento da história da Diocese de Crateús já era um antigo desejo do primeiro bispo de Crateús, dom Antônio Fragoso e, depois, do atual bispo Diocesano, dom Jacinto Brito. E, na obra, dom Jacinto parabeniza o trabalho realizado por padre Helênio.
“O fato de padre Helênio, ao limiar dos seus 80 anos, publicar este livro, onde sua vida sacerdotal se confunde com a própria História Diocesana, é algo que me faz vibrar. Repetidas vezes lhe incitei a escrever a História da Diocese, pois, como ninguém, a conhece! Esperava para os 40 anos de instalação da mesma, mas eis que surge em uma efeméride toda particular — na comemoração dos seus 80 anos!”, destaca.
“Eu consegui obter as informações conversando com os mais idosos, lendo documentos antigos, o livro de ´Tombos´, no qual cada padre registra o que aconteceu de mais importante durante a sua passagem pelas paróquias. Dessa forma, eu pude ter uma idéia de como cada paróquia se organizava. Antigamente, por exemplo, só os padres podiam organizar tudo. Hoje é diferente. Existem grupos que ajudam nisso”, comentou padre Helênio.
De acordo com ele, “Rastros de uma caminhada” permite mostrar a importância de vários movimentos como as CEBs, que tinham uma função de conscientizar as pessoas, de criar nelas um censo crítico sobre o que acontecia naquela época. “A gente colocava a bíblia na mão do povo e começava a celebrar a palavra de Deus e a realizar outros trabalhos junto com agricultores, com sindicatos e saber deles o que uma organização popular tinha em vista”, conta.
Para o padre, “a gente pode saber, agora, como o povo pensava e agia naqueles tempos e mostrar que existiam movimentos como as CEBs que ajudavam a população a se conscientizar, mostrava para o povo que era importante ter sua organização própria para poder se libertar”.
Um outro fato importante para a história de Crateús e que foi retratado no livro foi a passagem da Coluna Prestes por este município. “As pessoas, na época, ficaram preocupadas com aquele movimento. Achavam que seria para fazer algum mal. Mas não foi nada disso. Eles estavam lutando por uma causa e passaram por Crateús e seguiram o seu caminho”. E, era neste momento que, conforme padre Helênio, entrava o trabalho da Comunidades Eclesiais de Base para mostrar que existiam movimentos que lutavam por um ideal.
Lançamento
O livro “Rastros de uma caminhada” foi publicado no fim do ano passado. O seu lançamento já aconteceu em Crateús e, na última quarta-feira, foi apresentado aos moradores do município de Tamboril. “Foi muito bom, tinha muita gente e escrevi muitos autógrafos”, disse o padre.
De acordo com o sacerdote, a conscientização trabalhada com a população foi de grande valia. “Pelo menos, por aqui, tivemos um fruto positivo e o povo conseguiu se organizar e conquistou, de certa forma, sua autonomia. Não vivemos mais em uma repressão”.
EVELANE BARROS
Repórter
AGRADECIMENTO
"Padre Helênio está de parabéns. Sua obra é um hino de louvor por sua vida a serviço de Deus"
Dom Jacinto Brito
Bispo Diocesano
PROTAGONISTA
Dedicação - José Helênio
José Helênio Oliveira Pereira nasceu em Cariré, em 15 de abril de 1929. Fez, lá, seus estudos primários. Posteriormente, ordenou-se sacerdote em Sobral, em 1953. Atualmente, ele é pároco do distrito de Sucesso, em Tamboril, e na Capela de São Vicente, em Crateús
SAIBA MAIS
Criação
A Diocese de Crateús foi criada no ano de 1963. Os trabalhos que visavam a criação desta diocese foram iniciados no pontificado de João XXIII e tiveram a sua culminância já no pontificado de Paulo VI, em leito no ano de 1963
Paróquias
Atualmente, a Diocese de Crateús é formada por 12 paróquias: Senhor do Bonfim (Crateús); Nossa Senhora do Rosário (Tauá); Ipueiras; Independência; Tamboril; Parambu; Monsenhor Tabosa; Nova Russas; Novo Oriente; Poranga; Quiterianópolis; e Ararendá. No livro, ´Rastros de uma caminhada´, existe um capítulo dedicado a cada uma delas
Bispos
O primeiro bispo da Diocese de Crateús foi Antônio Batista Fragoso. Ele nasceu no dia 10 de dezembro de 1920, na cidade de Teixeira, no Estado da Paraíba. Fez seus estudos no Seminário de João Pessoa, onde se ordenou padre em 2 de julho de 1944. No Ceará, foi nomeado bispo de Crateús em 1964. Depois dele, o segundo bispo nomeado foi dom Jacinto Furtado, que tomou posse no dia 24 de maio de 1998. Dom Jacinto nasceu em Bacabal, localizado no Estado do Maranhão
Mais informações:
Livro ´Rastros de uma caminhada´
Padre José Helênio
(88) 3617.4222
(88) 3691.2978
Fortaleza. “Rastros. São passos de uma longa caminhada que já se estende por mais de 40 anos. São rastros luminosos que apontam para uma Igreja que pretendia ser popular e libertadora e que, no seu crescimento, quer ser uma Igreja a serviço da vida, sinal e anúncio do reino, a partir da realidade dos excluídos”. Estas são as primeiras palavras do padre José Helênio Oliveira Pereira ao iniciar seu livro “Rastros de uma caminhada”. O objetivo do sacerdote, ao escrevê-lo, é mostrar o passado e o presente da história das paróquias que fazem parte da Diocese de Crateús, ao todo 12. “A obra é para tratar um pouco do passado e do presente da Diocese, coisas que ficam esquecidas se não forem lembradas”, destacou.
Um outro aspecto que padre José quer com a sua obra é mostrar que as lições adquiridas há vários anos podem influenciar em um futuro melhor e mais próspero. E, para isso, no livro, ele descreve e cita como era realizado o movimento das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). “Animados por algumas equipes paroquiais de catequese, pela Cáritas, pelo Movimento de Educação de Base (MEB), as Comunidades iam respondendo aos apelos do momento, ao sopro renovador do Espírito Santo, a grande alma do Concílio Vaticano II”, diz o padre no livro.
Para escrever a obra, o sacerdote juntou textos de inúmeras pessoas, consultou documentos seculares redigindo histórias que aconteceram ao longo de 40 anos. De acordo com ele, fazer o levantamento da história da Diocese de Crateús já era um antigo desejo do primeiro bispo de Crateús, dom Antônio Fragoso e, depois, do atual bispo Diocesano, dom Jacinto Brito. E, na obra, dom Jacinto parabeniza o trabalho realizado por padre Helênio.
“O fato de padre Helênio, ao limiar dos seus 80 anos, publicar este livro, onde sua vida sacerdotal se confunde com a própria História Diocesana, é algo que me faz vibrar. Repetidas vezes lhe incitei a escrever a História da Diocese, pois, como ninguém, a conhece! Esperava para os 40 anos de instalação da mesma, mas eis que surge em uma efeméride toda particular — na comemoração dos seus 80 anos!”, destaca.
“Eu consegui obter as informações conversando com os mais idosos, lendo documentos antigos, o livro de ´Tombos´, no qual cada padre registra o que aconteceu de mais importante durante a sua passagem pelas paróquias. Dessa forma, eu pude ter uma idéia de como cada paróquia se organizava. Antigamente, por exemplo, só os padres podiam organizar tudo. Hoje é diferente. Existem grupos que ajudam nisso”, comentou padre Helênio.
De acordo com ele, “Rastros de uma caminhada” permite mostrar a importância de vários movimentos como as CEBs, que tinham uma função de conscientizar as pessoas, de criar nelas um censo crítico sobre o que acontecia naquela época. “A gente colocava a bíblia na mão do povo e começava a celebrar a palavra de Deus e a realizar outros trabalhos junto com agricultores, com sindicatos e saber deles o que uma organização popular tinha em vista”, conta.
Para o padre, “a gente pode saber, agora, como o povo pensava e agia naqueles tempos e mostrar que existiam movimentos como as CEBs que ajudavam a população a se conscientizar, mostrava para o povo que era importante ter sua organização própria para poder se libertar”.
Um outro fato importante para a história de Crateús e que foi retratado no livro foi a passagem da Coluna Prestes por este município. “As pessoas, na época, ficaram preocupadas com aquele movimento. Achavam que seria para fazer algum mal. Mas não foi nada disso. Eles estavam lutando por uma causa e passaram por Crateús e seguiram o seu caminho”. E, era neste momento que, conforme padre Helênio, entrava o trabalho da Comunidades Eclesiais de Base para mostrar que existiam movimentos que lutavam por um ideal.
Lançamento
O livro “Rastros de uma caminhada” foi publicado no fim do ano passado. O seu lançamento já aconteceu em Crateús e, na última quarta-feira, foi apresentado aos moradores do município de Tamboril. “Foi muito bom, tinha muita gente e escrevi muitos autógrafos”, disse o padre.
De acordo com o sacerdote, a conscientização trabalhada com a população foi de grande valia. “Pelo menos, por aqui, tivemos um fruto positivo e o povo conseguiu se organizar e conquistou, de certa forma, sua autonomia. Não vivemos mais em uma repressão”.
EVELANE BARROS
Repórter
AGRADECIMENTO
"Padre Helênio está de parabéns. Sua obra é um hino de louvor por sua vida a serviço de Deus"
Dom Jacinto Brito
Bispo Diocesano
PROTAGONISTA
Dedicação - José Helênio
José Helênio Oliveira Pereira nasceu em Cariré, em 15 de abril de 1929. Fez, lá, seus estudos primários. Posteriormente, ordenou-se sacerdote em Sobral, em 1953. Atualmente, ele é pároco do distrito de Sucesso, em Tamboril, e na Capela de São Vicente, em Crateús
SAIBA MAIS
Criação
A Diocese de Crateús foi criada no ano de 1963. Os trabalhos que visavam a criação desta diocese foram iniciados no pontificado de João XXIII e tiveram a sua culminância já no pontificado de Paulo VI, em leito no ano de 1963
Paróquias
Atualmente, a Diocese de Crateús é formada por 12 paróquias: Senhor do Bonfim (Crateús); Nossa Senhora do Rosário (Tauá); Ipueiras; Independência; Tamboril; Parambu; Monsenhor Tabosa; Nova Russas; Novo Oriente; Poranga; Quiterianópolis; e Ararendá. No livro, ´Rastros de uma caminhada´, existe um capítulo dedicado a cada uma delas
Bispos
O primeiro bispo da Diocese de Crateús foi Antônio Batista Fragoso. Ele nasceu no dia 10 de dezembro de 1920, na cidade de Teixeira, no Estado da Paraíba. Fez seus estudos no Seminário de João Pessoa, onde se ordenou padre em 2 de julho de 1944. No Ceará, foi nomeado bispo de Crateús em 1964. Depois dele, o segundo bispo nomeado foi dom Jacinto Furtado, que tomou posse no dia 24 de maio de 1998. Dom Jacinto nasceu em Bacabal, localizado no Estado do Maranhão
Mais informações:
Livro ´Rastros de uma caminhada´
Padre José Helênio
(88) 3617.4222
(88) 3691.2978