Foco de peste suína é confirmado na cidade de Marco, interior do Ceará

O caso foi registrado em uma criação de suínos para subsistência. Nove animais morreram. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) investiga a origem da doença que não causa risco à saúde humana.

Escrito por Redação ,
Um foco de peste suína clássica foi registrado na cidade de Marco, no interior do Ceará
Legenda: Um foco de peste suína clássica foi registrado na cidade de Marco, no interior do Ceará
Foto: Marcelino Junior

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou foco de peste suína clássica (PSC) na cidade Marco, no Interior do Ceará. O caso, registrado em uma criação de suínos para subsistência, já foi comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).  

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Conforme comunicado da OIE, foram registrados casos em nove animais da propriedade. Oito deles morreram e um foi sacrificado.  Segundo o Mapa, o diagnóstico foi confirmado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. 

A OIE afirmou ainda que investiga a origem da doença. Contudo, por se tratar de uma criação de subsistência, não há risco de contaminação com estabelecimentos comerciais ou de reprodução de porcos. 

As medidas de erradicação serão implementadas com abate dos animais existentes na propriedade e contatos dentro da mesma unidade epidemiológica, disse a OIE 

O Ministério da Agricultura explicou que “conforme as estratégias para erradicação de focos de PSC adotadas no País, será realizada a eutanásia dos suínos envolvidos e a limpeza e desinfecção na propriedade, além de investigações para rastreamento de provável origem e vínculos epidemiológicos”. 

O secretário da Saúde de Marco, Nelson Pinto, informou que as ações de combate, no Município, tiveram início nesta segunda-feira (11). “Os agentes de combate de endemias fizeram o bloqueio da localidade onde houve registro da doença para evitar a disseminação no Município", pontuou.   

O que é peste suína? 

Também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, a peste suína clássica (PSC) é uma doença causada por vírus, que tem como possíveis hospedeiros apenas porcos e javalis. Contudo, a doença não representa riscos de saúde para humanos

Entretanto, por se tratar de uma doença com contaminação muito rápida e mortalidade alta, o perigo recaí sob os produtores locais, que podem perder parcelas consideráveis das criações de animais. Nestes casos, o produtor que estiver regularizado junto a Agência de Defesa Agropecuária do Ceará  (Adagri) será indenizado através de um fundo. O valor fica em torno de R$ 4 a R$ 5 por quilo de peso vivo. 

Quando a doença é diagnosticada oficialmente, todos os animais daquela propriedade são eutanasiados, de forma indolor e assistida por um médico veterinário.  

A peste suína já teve, em 2018, foco confirmada nas cidades de Forquilha, Groaíras e Santa Quitéria. Em 2020, os municípios de Chaval e Granja ficaram em alerta após foco no estado vizinho do Piauí. 

Fora da zona livre da doença  

O Estado cearense fica fora da zona reconhecida como livre da doença pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Segundo o Mapa, a zona livre da peste suína clássica concentra mais de 95% de toda a indústria e 100% da exportação de suínos brasileira.  

Ela é integrada por 16 estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Tocantins, Pará, Rondônia e Acre), além do Distrito Federal. Nesses locais, o último foco da doença foi detectado em 1998. 

Notificação 

Em caso de suspeita da PSC, o produtor deve entrar em contato com a Diretoria de Sanidade Animal na Adagri, que enviará uma equipe de veterinários ao local para avaliar se os animais têm sintomas da doença.  

Se for preciso, serão coletadas amostras de sangue e feito uma biópsia. Sendo descartada, a propriedade é liberada. Já quando confirmada, é feita a interdição e a vigilância de todas as propriedades vizinhas.  

Telefone: 08002800410 

E-mail: disan@adagro.ce.gov.br.

 

 
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